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Estado de Minas COVID-19

Falta vacina contra COVID-19 para as crianças de até 11 anos

MS está sem estoques de imunizante e negocia antecipar remessa daPfizer prevista para o fim do mês. Para o público adulto, há excesso de doses no país


07/01/2023 07:20 - atualizado 07/01/2023 07:39

 Imunização para público infantil
Governo anterior deixa desabastecido Plano Nacional de Imunização para público infantil e aplicação de doses foi interrompida em várias cidades (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 18/1/22)


O Ministério da Saúde comandado por Marcelo Queiroga deixou de herança o desabastecimento da vacina contra COVID-19 para crianças de até 11 anos. Um contrato da pasta com a Pfizer prevê a chegada de novas doses no país somente no fim de janeiro. Por isso, a atual gestão se reuniu com a farmacêutica para negociar a antecipação do envio dos imunizantes. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (6/1) pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel.
 
“Nós estamos com esse desabastecimento. Fizemos uma reunião agora de manhã (sexta-feira) com a Pfizer (...). Vamos resolver o problema da entrega. Vamos tentar negociar melhor, mas a previsão de chegada é no final de janeiro. Então, isso que nós recebemos no governo anterior, vamos negociar para ver se conseguimos adiantar”, informou a gestora.

Para o público com idade entre seis meses e 4 anos, o contrato da Pfizer com o Ministério da Saúde prevê o envio de 4,2 milhões de vacinas. Para a faixa etária entre 5 e 11 anos está previsto o recebimento de pouco mais de 4 milhões de unidades. Vale destacar que para o público de 12 anos em diante, incluindo as vacinas adultas, há excesso de imunizantes.
 
“Houve a ampliação da possibilidade de vacinação de todas as crianças sem comorbidade. A gente tinha aquela limitação para criança só com comorbidade e, agora, houve a nota técnica ampliando esse público. A gente vai negociar esse prazo para ver se conseguimos adiantar, porque há falta nos estados neste momento e nós temos que resolver esse problema”, explicou Ethel.
 
Ethel acrescentou que pretende restabelecer o contrato com o Instituto Butantan para ajudar a resolver o problema de desabastecimento da vacinas. “Nós temos o contrato do Butantan paralisado, recebemos o governo com o contrato paralisado. Nós estamos negociando porque a CoronaVac é fundamental para que a gente possa acelerar o abastecimento de estados e municípios, principalmente no público de 3 anos em diante”, destacou. O Ministério da Saúde passou a recomendar uma dose de reforço da vacina da Pfizer contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos. Até então, a pasta indicava a terceira aplicação apenas a partir dos 12 anos.
 
Segundo a nota técnica, a recomendação ocorre devido à redução da resposta imune às vacinas e a circulação de novas variantes em um cenário em que ainda não foram atingidas as coberturas vacinais consideradas adequadas para o público infantil. No governo de Jair Bolsonaro (PL), a vacina não fazia parte do calendário anual de vacinação e foi incorporada apenas ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO) contra a COVID-19).

Nova variante

Ethel disse ainda que a vacinação contra a Covid para o grupo de risco poderia ocorrer em abril, junto com a vacina da gripe. Entretanto, por causa da nova variante estão avaliando antecipar essa dose. Em relação ao primeiro caso da variante XBB.15 no Brasil, identificado em São Paulo, a secretária destacou que esse é um fator que leva o Ministério da Saúde a considerar a antecipação de uma nova campanha de vacinação, e que a prioridade no momento será completar o esquema vacinal de adultos.
 
“Recebemos a informação de que a variante está circulando e a amostra é de novembro. Vamos discutir com a Câmara Técnica. O que temos sobre a nova variante é a alta transmissibilidade e queremos retomar esses esquemas vacinais com pessoas com dose em atraso”, afirmou. “O que a gente considera mínimo para efetividade são três doses: as duas iniciais e mais uma de reforço, no mínimo. O segundo reforço ou o terceiro reforço foram necessários, são necessários dependendo da gravidade da doença”, acrescentou.

Sem comunicação Também tem atrasado a campanha da vacinação em diversas idades, além da falta de imunizantes, a interrupção de fluxos na comunicação entre estados, municípios e o governo federal. Porém, segundo a secretária de Saúde, o canal será imediatamente restabelecido em uma “relação de parceria”.
 
“Os municípios pedem ao estado, o estado pede ao governo federal. Nós estamos conversando com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para restabelecer esses fluxos, que foram bastante interrompidos com alguns distúrbios que aconteceram nesse fluxo e que vai ser imediatamente estabelecido. Hoje, tivemos a reunião com os representantes das suas entidades para que a gente possa ver em que ponto está o problema”, relatou Ethel.

Transparência

Nesta sexta-feira, também ocorreu a revogação do sigilo sobre as informações da Câmara Técnica Assessora de Imunização COVID-19 (Cetai). “Toda a nossa Câmara Técnica tem o dever de comunicar. Nós estamos trabalhando com o dinheiro público, então o alinhamento do governo Lula e da ministra Nísia (Trindade) é de que nós possamos trabalhar com transparência, com todos os dados”, frisou a secretária de Saúde. Por fim, uma reunião do comitê foi agendada para a próxima terça-feira para que sejam discutidas ações de antecipação para o calendário da vacina contra COVID19, que passará a integrar o Plano Nacional de Imunização (PNI) e será aplicada junto com a campanha de vacinação da gripe. (Com agências)
 
Criança morre

Um menino de 4 anos, que tinha asma e havia recebido a 1ª dose da vacina, morreu na quinta-feira, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, vítima da COVID-19. A criança ficou apenas um dia internada em hospital público da cidade.Esse foi o quarto caso em Uberaba de morte de criança, vítima da doença. Em outubro de 2020, ocorreu o óbito de um menino, de 6 anos; em janeiro de 2021, o de uma menina de apenas 1 ano; e, em setembro de 2022, de uma menina de 4 anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a aplicação da 1ª dose da vacina em crianças de 6 meses a 11 anos está suspensa devido à espera de novas doses. Já a segunda dose está sendo aplicada nas unidades de saúde. De acordo com o Vacinômetro de Uberaba, 60% das crianças de 6 meses a 11 anos receberam a 1ª dose da vacina, ou seja, 23.102 pessoas. Com relação à segunda dose, 16.641 crianças da cidade receberam a mesma, o que representa 43% desse público. 


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