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Estado de Minas PANDEMIA

Mandetta critica governo federal: 'Oxigênio não acaba da noite para o dia'

Ex-ministro de Bolsonaro disse que governo não monitorou a falta de aparelhos em Manaus


15/01/2021 20:49 - atualizado 15/01/2021 21:17

Mandetta criticou o governo pela postura com relação a Manaus(foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
Mandetta criticou o governo pela postura com relação a Manaus (foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta criticou a negligência do governo de Jair Bolsonaro em solucionar o problema da falta de oxigênio no Amazonas. O estado, que vive caos no sistema de saúde, precisou ser socorrido por outras unidades federativas para evitar novas mortes por falta de cilindros respiradores.
 
“É muito triste abordar esse tema, até porque ele foi falado com o presidente sobre a questão do oxigênio. Tínhamos assistido na Itália a um colapso parcial de oxigênio, na cidade de Bergamo, quando as pessoas pararam de ir para o hospital e faleceram em casa. Eles tiveram que lançar mão do exército para recolher corpos. Usei a expressão para o presidente explicando os indicadores. E oxigênio era um deles", afirmou Mandetta , em entrevista à Globo News, na noite desta sexta-feira (15/1).

Ele completou: "Entrei em contato com a maior fornecedora para fazer o redirecionamento da rede nacional. E oxigênio não acaba da noite para o dia”.

Mandetta criticou que o governo federal não tenha feito o planejamento para ter a demanda necessária de equipamentos para os pacientes: “Você tem um consumo médio e ele vai aumentando, fazendo uma curva, que em administração e logística se chama curva ABC. Eu tenho tanto de estoque, eu consumo tanto e consigo repor tanto. Com isso, você administra a crise”.  

Negligência do governo Bolsonaro


O ex-ministro seguiu apontando o que considera erros do governo federal na condução do problema no Amazonas, que vive uma segunda onda trágica de COVID-19 e já levou à morte de várias pessoas.

"É incrível que o ministro da Saúde foi a Manaus, permaneceu lá por 48, 72 horas. Essa crise já era presente há mais de um mês. Não está havendo monitoramento. Todo o planejamento, falta de atitude e governança e falta de interesse com as cidades que você sabe que terão pressão no sistema. Manaus foi a primeira cidade que tínhamos preocupação, tem o sistema de saúde frágil e conta com população maior do que consta no IBGE, pois recebe pacientes de outras capitais. Mas nada foi monitorado”.


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