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Estado de Minas ESPERANÇA

'A vacina vai chegar', diz médica brasileira vacinada no Canadá; veja vídeo

Marina de Sousa Castro é pediatra e neonatologista e recebeu a 1ª dose da Pfizer no último sábado


12/01/2021 22:15 - atualizado 12/01/2021 23:11

A médica contou que sente um alívio e muita felicidade por ter sido vacinada(foto: Reprodução/Marina de Sousa)
A médica contou que sente um alívio e muita felicidade por ter sido vacinada (foto: Reprodução/Marina de Sousa)
Vacina! É isso que todo mundo espera ansiosamente. Aos poucos a população mundial vai sendo vacinada e a esperança de retornar com a vida normal se mantém viva. E é essa esperança que a médica brasileira Marina de Sousa Castro, de 39 anos, compartilhou em um vídeo ao ser vacinada contra a COVID-19 no Canadá. Marina é pediatra e neonatologista e trabalha no hospital Sunnybook Health Sciences Center, em Toronto.
 
 

Marina formou-se em medicina aqui no Brasil e há 10 anos foi para o Canadá em busca de uma especialização, mas acabou ficando por lá. Casou-se com um canadense e atualmente tem dois filhos. A médica trabalha em um dos melhores centros de medicina de Toronto, que é bem reconhecido pela emergência e UTI e é referência para atendimento de pacientes infectados com o novo coronavírus.

Ao Estado de Minas, a médica disse que o Canadá está passando por uma segunda onda muito pior do que a primeira e muitas restrições entraram em vigor a fim de frear o aumento de casos. “Essa segunda onda de casos tá muito pior. As restrições começaram depois do natal. A gente tinha acesso a umas lojas que estavam abertas, mas com o aumento de números em novembro as restrições começaram no dia 26 de dezembro. O que estamos passando é resultado das reuniões de família, festas e falta de distanciamento social.”

Disse ainda que nem 1% da população do Canadá foi vacinada e que ela se sente privilegiada por ter sido imunizada no grupo prioritário. “O processo de vacinação está bem lento, pouquíssimos profissionais de saúde têm acesso e as casas de idosos também”. 
 
 
Marina trabalha na UTI e na UTI neonatal e, por isso, sua unidade foi priorizada para que os profissionais recebessem a vacina. Segundo a médica, o hospital não registrou nem uma contaminação da COVID-19 em recém-nascidos, mas o risco existe.

A profissional tomou a 1ª dose da vacina da Pfizer, que é a única que os hospitais estão aplicando, no último sábado (9). “A prioridade agora é para idosos e profissionais da saúde, mas acredito que pra população geral vai começar assim que a gente tiver mais doses da vacina. Mas até onde eu sei a gente está chegando a um número máximo de idosos vacinados com as vacinas que já estão disponíveis no país nesse momento”, disse.
 
Marina recebeu do Ministério da Saúde do Canadá o comprovante de vacinação. Nele consta todas as informações, bem como a data que receberá a segunda dose(foto: Reprodução/Marina de Sousa)
Marina recebeu do Ministério da Saúde do Canadá o comprovante de vacinação. Nele consta todas as informações, bem como a data que receberá a segunda dose (foto: Reprodução/Marina de Sousa)

 
Sobre efeitos colaterais, Marina disse que não sentiu praticamente nada. “Só senti um pouco de dor no braço no local da aplicação da vacina. Durou um dia e não senti mais nada. Já tomei outras vacinas que foram muito mais doloridas no local da aplicação”. 

A médica brincou dizendo que o único efeito colateral que sente é de felicidade. “Na verdade o efeito colateral é de estar feliz por pensar que a esperança aumentou demais. É muita alegria que eu estou sentindo mesmo”. 

A segunda dose da vacina está marcada para o dia 30 deste mês, respeitando o prazo de 21 dias após a 1ª dose.

Veja o vídeo gravado por ela logo depois de ser vacinada:
 

 
Segundo a médica, a vacina representa para ela um esforço mundial em prol de todos os profissionais de saúde que continuam trabalhando normalmente. “Quando eu estava indo pra ser vacinada passou um filme na minha cabeça de tantas vezes que fui pro hospital com medo de ser contaminada pelo coronavírus e de trazer o vírus pra minha casa”.

Todos os familiares da médica moram aqui no Brasil e a esperança de reencontrá-los foi reforçada. “Eu tenho muita esperança de voltar pro Brasil. Eu não tenho família aqui no Canadá, ela está toda no Brasil. Meus pais, minhas irmãs, minha avó moram em Belo Horizonte. O momento da vacina foi um alívio. Agora estou mais protegida e isso aumenta a esperança de que esse tempo longe da minha família no Brasil vai diminuir um pouco”.

Lembrou que antes da pandemia seus pais estavam no Canadá e que foi muito difícil deles voltarem ao Brasil assim que as primeiras restrições começaram a valer. Por isso, disse que "a vacina dá muita esperança, está dando para enxergar aquela luz no fim do túnel. Vamos chegar lá!”

“Fico aqui de longe torcendo para que o povo brasileiro seja vacinado e protegido o quanto antes. A vacina vai chegar, vai chegar, eu tenho certeza disso”, concluiu Marina.
 
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira  


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