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Estado de Minas PANDEMIA

Bolsonaro ou Doria? Veja o que aponta pesquisa sobre 'guerra da vacinação'

Foram entrevistadas 2.206 pessoas, com 16 anos ou mais, em todos os estados brasileiros e Distrito Federal


18/12/2020 16:45 - atualizado 18/12/2020 17:19

Jair Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB)(foto: Redes Sociais/Reprodução)
Jair Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB) (foto: Redes Sociais/Reprodução)
O embate entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), vem chamando a atenção da população brasileira. O grande motivo para o desentendimento entre os dois é a vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Entre as tentativas de Dória para garantir de imediato a aquisição de milhões de doses até o negacionismo de Bolsonaro, pondo em dúvida a origem do produto e eficácia da imunização, 43,3% da população brasileira acredita que o presidente está com a razão.

É o que aponta a pesquisa realizada pelo Paraná Pesquisas. O estudo entrevistou 2.206 pessoas, com 16 anos ou mais, em todos os estados brasileiros e Distrito Federal, entre os dias 12 e 16 de dezembro de 2020. 

Segundo a pesquisa, a preferência por Bolsonaro é dos homens, já que, entre eles, 51,1% apoiam o presidente. A preferência do público feminino fica com Dória. Para 43,7%. das mulheres, é o governador quem tem a razão.

A preferência por Bolsonaro é maior na Região Sul, com 44,9% das respostas a favor ao presidente. Seguido pelo Norte e Centro Oeste, com 44,3%, Nordeste, com 42,5% e Sudeste, onde 42,9% dão razão a ele na disputa.
 
Já Dória é mais aprovado no Sudeste, onde cerca de 40,8% dos entrevistados concordam com ele. Em seguida vêm Nordeste, com 37,9%, Sul, com 36,8% e Norte e Centro-Oeste, com 35,8% de aprovação.

Os embates


Dois dos principais nomes para as eleições de 2022, Bolsonaro e Dória trocaram farpas sobre o assunto. O presidente chegou a chamar o governador de “médico do Brasil” e ainda comemorou a morte de um dos pacientes do estudo, o que fez a pesquisa sofrer uma paralisação. 

Em outubro deste ano, o ministro da Saúde anunciou, em uma reunião com mais de 23 governadores, a compra do imunizante chinês. Menos de 24 horas depois, a aquisição foi desautorizada pelo presidente em live feita pelo Instagram. Na época, o anúncio gerou polêmica entre os governadores polarizando ainda mais a guerra política.

Em 1º de dezembro, o governo federal divulgou sua estratégia “preliminar” para a vacinação dos brasileiros. Nesse calendário, a CoronaVac foi excluída, o que incentivou o governo paulista a dar uma resposta imediata.

Um dia depois, o governo de São Paulo oficializou o programa de vacinação estadual, a ser realizado sem apoio do governo federal. A imunização deve começar em 25 de janeiro de 2021.

Apesar disso, na última quarta-feira (22) o embate ganhou um novo capítulo. Isso porque Pazuello afirmou que vai, sim, comprar cerca de 46 milhões de doses da Coronavac. Segundo ele, o acordo inclui todas as doses que o Governo de São Paulo havia negociado com a Sinovac e prevê exclusividade. Ou seja, o Ministério da Saúde comprará as vacinas do Butantan, o que impediria o instituto de negociar diretamente com os estados.
 
As primeiras 9 milhões de doses já chegarão em janeiro e serão utilizadas em conjunto com a vacina de Oxford e da AstraZeneca, contratada pelo governo federal há alguns meses.


População tomaria a Coronavac? Pesquisa diz que sim

Cerca de 62,4% da população brasileira afirmou que tomaria a Coronavac, vacina  produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e motivo do embate entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB).

De acordo com o estudo, 64,6% das mulheres e 60,01% dos homens confiam no imunizante chinês. A pesquisa também diz que 36,7% dos homens não tomariam a vacina, seguidos por 36,1% das mulheres.

Quatro por cento dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

De acordo com a pesquisa, a região com maior aceitação do imunizante é o Norte e Centro-Oeste, com 63,9%. Seguido do Nordeste, com 62,4%, Sudeste, com 62,3% e Sul, com 61,4%.

A Pesquisa


Para a realização desta pesquisa foi utilizada uma amostra de 2.206 pessoas, sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais telefônicas com habitantes com 16 anos ou mais em 26 Estados e Distrito Federal e em 208 municípios brasileiros entre os dias 12 e 16 de dezembro de 2020, sendo auditadas simultaneamente à sua realização, 20,0% das entrevistas.

A Paraná Pesquisas encontra-se registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região sob o nº 3122/20.
 
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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