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Estado de Minas ALVO DA BRIGA ENTRE BOLSONARO E DORIA

Ministério da Saúde vai comprar 46 milhões de doses da Coronavac

O acordo inclui todas as doses que o governo de São Paulo havia negociado com a Sinovac e prevê exclusividade


16/12/2020 17:55 - atualizado 16/12/2020 19:06

A Coronavac, vacina contra a COVID-19, é produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac Biotech (foto: Sinovac/Reprodução)
A Coronavac, vacina contra a COVID-19, é produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac Biotech (foto: Sinovac/Reprodução)
Em meio a uma guerra política, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que vai comprar cerca de 46 milhões de doses da Coronavac, vacina contra a COVID-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.  

As informações são da CNN Brasil e foram confirmadas por três governadores para a emissora: Helder Barbalho (MDB), do Pará; Wellington Dias (PT), do Piauí; e Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte.

Segundo eles, o acordo inclui todas as doses que o Governo de São Paulo havia negociado com a Sinovac e prevê exclusividade. Ou seja, o Ministério da Saúde comprará as vacinas do Butantan, mas o instituto não poderá mais negociar diretamente com outros estados.
 
Ainda segundo os governadores, as primeiras 9 milhões de doses já chegarão em janeiro e serão utilizadas em conjunto com a vacina de Oxford e da AstraZeneca, contratada pelo governo federal há alguns meses.


A guerra da vacinação


Coronavac foi responsável pelas brigas entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria(foto: Redes Sociais/Reprodução)
Coronavac foi responsável pelas brigas entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (foto: Redes Sociais/Reprodução)
O grande motivo para o embate entre o governador de São Paulo e o presidente da República é o imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Entre as tentativas de Dória para garantir de imediato a aquisição de milhões de doses até o negacionismo de Bolsonaro pondo em dúvida a origem – a China, país comunista – e a eficácia do produto, a vacina CoronaVac vem provocando intensas guerras políticas no Brasil.

Dois dos principais nomes para as eleições de 2022, Bolsonaro e Doria trocaram farpas sobre o assunto. O presidente chegou a chamar o governador de “médico do Brasil” e ainda comemorou a morte de um dos pacientes do estudo, o que fez a pesquisa sofrer uma paralisação. 

Em outubro deste ano, o ministro da Saúde anunciou, em uma reunião com mais de 23 governadores, a compra do imunizante chinês. Menos de 24 horas depois, a aquisição foi desautorizada pelo presidente em live feita pelo Instagram. Na época, o anúncio gerou polêmica entre os governadores polarizando ainda mais a guerra política.

Em 1º de dezembro, o governo federal divulgou sua estratégia “preliminar” para a vacinação dos brasileiros. Nesse calendário, a CoronaVac foi excluída, o que incentivou o governo paulistano a dar uma resposta imediata.

Um dia depois, o governo de São Paulo oficializou o programa de vacinação estadual, a ser realizado sem apoio do governo federal. A imunização deve começar em 25 de janeiro de 2021.
 
Com a compra pelo Ministério da Saúde, o governo paulistano deve ser proibido de distribuir a vacina por conta própria. 
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina


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