Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Praias lotadas e aglomerações marcam feriadão em todo o país

A cena se repete. Areias e calçadões do Rio de Janeiro voltaram a registrar aglomerações e as estradas foram tomadas por engarrafamentos em direção à Região dos Lagos. No balanço da Covid-19, o Brasil chegou a 126.203 mortes e 4.123.000 de infectados, com acréscimo de 682 óbitos e 30.168 casos confirmados nas últimas 24 horas. No fim de semana que antecede o feriado de 7 de Setembro, as cenas de desrespeito ao distanciamento social também repetiram-se no litoral de São Paulo.



No Rio, a prefeitura autorizou o banho de mar nas praias, mas a permanência na areia, com barracas, segue proibida, exigência que foi amplamente desrespeitada ontem. O mesmo ocorreu em relação ao uso obrigatório da máscara no calçadão. Na noite anterior, as ruas dos bares do Leblon lembraram as multidões reunidas em dia de bloco de carnaval, com muita gente sem proteção fácil. A cidade soma 232.747 casos.

"Isso que aconteceu no Rio é muito preocupante e só vamos ver o efeito daqui a duas semanas", projeta o médico sanitarista e membro da Fundação Getulio Vargas (FGV) Walter Cintra. A taxa de letalidade no estado (acima de 7%) é a maior do país, como indicam pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na capital, o índice chega a ser mais de três vezes superior ao mundial (3,3%), marcando 10,7%, o que significa que um de dez doentes vai morrer de covid-19. A taxa brasileira está acima de 3,1%.

São Paulo registrou movimentação intensa nas estradas que ligam a capital ao interior e ao litoral do estado, com pontos de congestionamento. Para coibir aglomerações, o governo reforçou o policiamento em cidades turísticas.





A Operação Independência, que segue até a terça-feira (8), conta com 20 mil policiais a mais por dia para ajudar no patrulhamento da orla e de regiões que concentram bares e restaurantes. Mesmo assim, milhares de turistas lotaram as praias de Santos nesse sábado.
 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.



Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



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