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Estado de Minas INTERNACIONAL

EUA vão enviar US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia

Trata-se da primeira contribuição feita pelos americanos ao fundo, que conta com cerca de R$ 3,2 bilhões doados por Alemanha e Noruega ao longo dos últimos 15 anos e que esteve congelado ao longo de toda a gestão de Jair Bolsonaro.


10/02/2023 22:36 - atualizado 10/02/2023 22:36

Lula e Biden caminham lado a lado com semblante sorridente
EUA confirmaram participação no Fundo Amazônia (foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)
O governo dos EUA irá anunciar um aporte de US$50 milhões, ou R$ 270 milhões, para o Fundo Amazônia após a primeira reunião bilateral entre os presidentes americanos Joe Biden e o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio deve ser feito nos próximos dias mas foi adiantado pela BBC News Brasil por fontes do governo americano e brasileiro.

 

Trata-se da primeira contribuição feita pelos americanos ao fundo, que conta com cerca de R$ 3,2 bilhões doados por Alemanha e Noruega ao longo dos últimos 15 anos e que esteve congelado ao longo de toda a gestão de Jair Bolsonaro.

 

Como uma das primeiras medidas de seu governo, Lula reativou o fundo e a Alemanha já fez um novo depósito a ele no valor de R$192 milhões, em janeiro. A decisão de Lula de retomar o Fundo tem sido elogiada em Washington. Nesta sexta, 10/2, diante de Biden, Lula voltou a prometer atingir o desmatamento zero na Amazônia até 2030. Como resposta, o presidente americano assentiu e cruzou os dedos.

 

O aporte americano é relativamente baixo, mas de acordo com autoridades brasileiras o mais importante não é o recurso em si mas o compromisso firmado por Biden de trabalhar para fazer com que os demais líderes do G-7, as nações mais ricas do mundo, também contribuam para o fundo, criado para remunerar a preservação ambiental promovida pelo Brasil.

 

Leia: Lula diz que 'acha' que EUA vão entrar no Fundo Amazônia 

 

Tratou-se de uma decisão unilateral do governo Biden, que não foi nem pedido nem negociado, e que não estava no radar da delegação brasileira até o desembarque do presidente Lula em Washington.

Promessas antigas

Lula usou quase metade de sua fala inicial a Biden para dizer que a questão ambiental e climática tem que ser tratada com urgência porque dela depende o futuro da humanidade. E afirmou que nos últimos anos o governo brasileiro atuou ativamente contra a preservação.

 

"Nos últimos anos, a Amazônia foi invadida pela irracionalidade política, irracionalidade humana, porque nós tivemos um presidente que mandava desmatar, mandava garimpo entrar nas áreas indígenas e mandava garimpar nas florestas que nós demarcárvamos como reserva na Amazônia", afirmou Lula, em referência indireta à crise humanitária e ambiental na Terra Indígena Yanomami.

 

Biden já disse mais de uma vez que gostaria de criar um fundo para preservar a Amazônia.

 

Leia: Encontro de Lula com Biden hoje pode ter anúncio de aporte para Amazônia 

 

Durante o governo Bolsonaro, o enviado climático de Biden, John Kerry, e sua equipe mantinha diálogos mensais com a equipe ambiental de Bolsonaro pressionando por reduções dos índices de desmatamento - o que nunca ocorreu ao longo do governo.

 

Assim, os americanos jamais concretizaram o envio de recursos à Amazônia. Em sua fala, Lula também pediu que uso sua liderança para galvanizar os demais líderes em torno do tema.

 

“A questão climática, se não tem uma governança global forte, que tome decisões que todos os países sejam obrigados a cumprir, não vai dar certo. Não sei qual o foro certo. Não sei se é a ONU, o G20 ou G8. Mas alguma coisa temos de fazer para obrigar os países, os congressos e empresários a acatar decisões que tomamos em níveis globais", afirmou.

 

Leia: Lula: 'O compromisso é, até 2030, ter desmatamento zero na Amazônia'

 


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