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Estado de Minas MORTE DA RAINHA

Charles: nunca um herdeiro esperou tanto para assumir trono britânico

Ex-príncilpe, agora rei, Charles chega ao trono após uma vida de espera; ele é a pessoa mais velha a tomar posse da monarquia do Reino Unido


08/09/2022 17:25

Charles, ainda príncipe, fardado, cobre os olhos com uma das mãos para olhar ao longe
Charles, ainda príncipe, passou décadas sem enxergar oportunidade de assumir o trono real (foto: JULIAN SIMMONDS / POOL / AFP)


Aos 73 anos de idade, Charles III se tornou nesta quinta-feira (8/9) a pessoa mais velha a tomar posse da monarquia do Reino Unido, sucedendo Elizabeth II, rainha mais longeva da história do país e morta aos 96 anos.

Após uma vida como herdeiro, Charles viu cumprir-se o destino previsto desde seu nascimento, em 14 de novembro de 1948, no Palácio de Buckingham, quando seu avô George VI ainda era o rei.
E o reinado de Charles III começa marcado por incertezas, alimentadas pela indiscutível popularidade alcançada por Elizabeth II e que será um peso a mais para seu primogênito.

O "eterno herdeiro" tem a seu favor a paciência de quem - apesar dos altos e baixos na vida pública e privada - soube ater-se por décadas ao papel a ele designado, preparando-se para o momento de ser colocado à prova.

Charles III também pode se apoiar em um precedente histórico de um rei que assumiu o trono após um longo e bem-sucedido reinado da mãe. Trata-se de Edward VII, filho e sucessor da rainha Victoria, figura-chave de uma época definida por seu nome - a Era Vitoriana - e que coincide com um reinado de quase 64 anos, o segundo mais longo da história britânica, atrás apenas do de Elizabeth.

Tataravô de Charles, Edward VII ascendeu ao trono britânico no início do século 20 e ficou conhecido pelas capacidades diplomáticas, que lhe renderam o apelido de "pacificador".

Os tempos, no entanto, são outros: o filho de Victoria foi rei de um império no auge de sua extensão e tinha muito mais liberdade de ação que Charles III. O novo monarca também atravessou momentos turbulentos, como o escandaloso divórcio com sua primeira mulher, a superpopular Diana, que morreria em 1997, as acusações de interferência na política britânica e as doações milionárias de monarquias árabes para sua fundação de caridade.

Ainda assim, Charles III conseguiu superar os momentos de dificuldade e ganhou inclusive uma certa imagem de sensibilidade para questões atuais. Não apenas por ter normalizado o próprio divórcio e se casado pela segunda vez, com a agora rainha consorte Camilla, mas também pelo empenho público em defesa do meio ambiente.

Mas tudo isso ainda precisa ser consolidado por um homem que chega depois dos 70 anos a seu encontro com a história, ciente de que precisa surpreender os céticos se quiser vencer o único desafio que importa para a sobrevivência da monarquia: proteger a tradição sem perder o rumo do tempo. (ANSA)


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