O governo espanhol anunciou nesta terça-feira (23) uma nova prorrogação, até 16 de março, das restrições impostas aos voos do Reino Unido, Brasil e África do Sul, para prevenir a propagação das variantes do coronavírus.
A intenção é "conter na medida do possível os contágios associados" às variantes, disse a porta-voz do governo, María Jesús Montero, em coletiva de imprensa.
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América do Sul volta às aulas com cautela e receioPub irlandês se torna clínica para animais selvagens devido à pandemiaArgentina e México exigem acesso igualitário às vacinas contra a covid-19Desse modo, a Espanha volta a prorrogar a suspensão que impôs no final de dezembro das chegadas de passageiros do Reino Unido, exceto espanhóis e residentes, pela expansão da variante britânica, mais contagiosa.
Prolonga também a estrita limitação às chegadas do Brasil e África do Sul, de onde só podem entrar passageiros com nacionalidade ou residência na Espanha e Andorra. A exceção são os passageiros em trânsito, que não podem sair do aeroporto ou permanecer mais de 24 horas.
Pelo medo das variantes detectadas na África do Sul e Brasil, o governo impôs também uma quarentena obrigatória de 10 dias, ou de sete dias em caso de ter um teste negativo de COVID-19, para qualquer viajante que chegar desses países.
As cepas detectadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil preocupam a comunidade internacional que se questiona sobre sua contagiosidade e a eficácia das vacinas contra elas.
A variante britânica se espalhou na Espanha, segundo o Ministério da Saúde, com cerca de 900 casos confirmados. Um número subestimado, uma vez que as autoridades de saúde estimam que essa variante pode ser majoritária na Espanha em março.
Além disso, foram detectados seis casos da variante sul-africana e um da brasileira.
A Espanha, um dos países europeus mais afetados pela pandemia do coronavírus, contabiliza cerca de 68.000 mortes e mais de 3,1 milhões de casos notificados.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
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