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Estado de Minas CONFISSÃO

Pai preso por quebrar pernas de bebê teria matado outro filho em 2022

Mãe de bebê de um mês agredido em João Pinheiro nesta semana confessou assassinato do filho, cuja morte era dada como natural; marido teria sufocado a criança


24/05/2023 15:13 - atualizado 24/05/2023 15:29
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Homem algemado sendo conduzido por um policial
Momento da prisão do pai acusado de agredir filho de um mês e matar outro no ano passado (foto: Reprodução/Redes sociais)
O casal preso nesta semana, em João Pinheiro, no Noroeste de Minas, acusado de  agressão contra um bebê de 1 mês de vida, vai responder pelo homicídio de outro filho em 2022, que, na época, tinha a mesma idade. A mãe confessou em depoimento à Polícia Civil que o marido dela teria agredido a criança cuja morte era tida como natural.
 
A história começou nessa segunda-feira (22/5) quando o casal foi detido por causa de fraturas nas pernas e na clavícula do bebê, que deu entrada no Hospital Municipal da cidade. Depois de contar uma mentira sobre o caso, a mãe informou à Polícia Militar que a filha tinha sido agredida na sexta-feira anterior (19/5) por causa de uma crise de cólicas e de choro.
 
O bebê foi jogado ao chão mais de uma vez, contou a mulher, e, como ela não conseguiu tratar da filha, resolveu procurar atendimento médico. Ela foi detida por omissão e o homem, preso pela agressão. A mãe disse que não chamou a polícia por sofrer ameaças do marido.
Na mesma ocasião, a PM foi informada sobre a morte do filho anterior deles, no ano passado. Ao prestar depoimento, a mulher foi questionada pelo caso de 2022 e contou sobre o assassinato do filho. Ela disse que a criança também chorava e o marido estava nervoso por estar com ciúmes da mulher. Ele, então, sufocou o filho com um travesseiro.
 
“Existia um inquérito sobre a morte do ano passado, mas a genitora tinha dado declarações diferentes e agora o quadro probatório mudou. Ela pode responder pelo crime cometido pelo marido. Na época, alegaram morte natural, que havia amamentado o filho à noite e, quando acordaram, ele estava morto. Eles demoraram duas horas para chamar a polícia alegando estar em choque”, disse o delegado da Polícia Civil, Daniel Pedro.
 
O pai já foi indiciado por tentativa de homicídio contra o bebê, maus-tratos qualificado contra a criança e ameaça contra a esposa pela Lei Maria da Penha. Ele pode pegar até 25 anos de prisão. A mulher foi indiciada por maus-tratos à criança e pode pegar até 5 anos de prisão com pena acrescida em dois terços.
 
Sobre o assassinato denunciado pelo mulher, o inquérito deve ser concluído até sexta-feira (26/5). Caso confirmado, as penas dos pais poderão chegar a 40 anos de prisão.
 
 


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