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Estado de Minas PATRIMÔNIO

Prefeito de BH, Fuad Noman cria comissão integrada para gestão da Pampulha

Grupo deverá cuidar de todos os setores, incluindo ambientais, limpeza e Conjunto Moderno


16/05/2023 19:16 - atualizado 16/05/2023 19:20
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seis pessoas em uma mesa
Solenidade aconteceu à beira da Lagoa da Pampulha (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, assinou na tarde desta terça-feira (16/5) um decreto criando a Comissão de Gestão Integrada da Pampulha, para cuidar de todos os aspectos referentes à região, incluindo os ambientais, de limpeza pública e preservação do patrimônio cultural.

A assinatura ocorreu na Casa do Baile, durante a abertura da programação comemorativa dos 80 anos do Conjunto Moderno, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), quando Juscelino Kubitschek (1902-1976) era prefeito da capital (antes de ser governador de Minas e presidente da República). 

Na Casa do Baile, atual Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design, foi inaugurada a exposição "Lugar imaginado, lugar vivido: 80 anos da Casa do Baile", gratuita e aberta ao público de quarta-feira a sábado, das 10h às 18h.

Na solenidade à beira da Lagoa da Pampulha, que sofre com o problema crônico da poluição, são lembrados também os sete anos de reconhecimento da região como Patrimônio Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura (Unesco). Por estar tão perto das águas, o prefeito prometeu empenho, juntamente à Copasa, para interceptação de esgoto de 10 mil residências do município vizinho de Contagem em direção a BH.


A exposição na Casa do Baile, com curadoria de Guilherme Wisnik e Marina Frúgoli, apresenta trabalhos de sete artistas, como vídeo-instalação, pinturas e desenhos. 
Ver galeria . 7 Fotos A assinatura ocorreu, na Casa do Baile, durante a abertura da programação comemorativa dos 80 anos do Conjunto Moderno, projetado pelo arquiteto Oscar NiemeyerRamon Lisboa/ EM/ D.A Press
A assinatura ocorreu, na Casa do Baile, durante a abertura da programação comemorativa dos 80 anos do Conjunto Moderno, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (foto: Ramon Lisboa/ EM/ D.A Press )
 

Patrimônio 

Com as águas da Lagoa da Pampulha interligando o patrimônio edificado na década de 1940, o Conjunto Moderno é integrado pela Casa do Baile/Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design, Museu de Arte da Pampulha (MAP), fechado há três anos e oito meses, Iate Tênis Clube e a Igrejinha, rebatizada de Santuário Arquidiocesano São Francisco de Assis da Pampulha. O Iate é alvo de uma pendenga judicial devido a um anexo construído de forma irregular na década de 1970, sendo a demolição pedida pela Unesco durante o processo de reconhecimento como Patrimônio Mundial.  

Presente à solenidade, o presidente do Iphan, Leandro Grass, informou que a autarquia federal já liberou o projeto de restauração do MAP, para que a Prefeitura de Belo Horizonte faça a licitação. 

O conjunto arquitetônico declarado de "valor universal excepcional", pela Unesco, guarda marcas notáveis do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994), do artista plástico Cândido Portinari (1903-1962), do escultor Alfredo Ceschiatti (1918-1989), e de Paulo Werneck (1903-1962), responsável, na parte externa, pelo revestimento em pastilha. Para garantir a proteção, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte.


Conhecimento 

Para a secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, a programação especial visa promover "o conhecimento e a reflexão sobre este importante patrimônio cultural de BH, que é marco da identidade cultural da cidade. É momento de celebrar, registrar, preservar e difundir o Conjunto Moderno da Pampulha como Paisagem Cultural".

Ao lado, a presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres, afirmou que só vê benefícios na apropriação da Pampulha por todos: "É uma honra, e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade para todos os brasileiros e belo-horizontinos, termos em nossa cidade um patrimônio cultural mundial, que agrega paisagismo, arquitetura e arte singulares do período moderno."

Luciana Feres afirma ainda que a relação da composição arquitetônica e paisagística com o espelho d'água da Lagoa da Pampulha apresenta um importante capítulo da história mundial da arquitetura moderna. "Além de todos os valores existentes neste território como patrimônio cultural, sejam eles estéticos, históricos, urbanísticos, paisagísticos, artísticos, técnicos e sociais, quando falamos desse lugar como uma 'paisagem cultural', estamos também trazendo a questão da sua apropriação pelas pessoas. A relação das pessoas com essa paisagem cultural é o que garante sua valorização e preservação."
 

Programação

Para celebrar o aniversário de 80 anos e também os sete anos do título de Patrimônio Cultural Mundial, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), bem, como a inscrição como Paisagem Cultural, a PBH oferece uma programação especial gratuita com atividades culturais, exposições, ações de formação, encontros educativos, mostras, publicações, pesquisas, documentários, intervenções e apresentações artísticas, entre outras atrações. As informações se encontram disponíveis no Portal Belo Horizonte.


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