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Estado de Minas CRIMES HEDIONDOS

Pai de santo é preso na Grande BH suspeito de estuprar enteadas

Polícia investiga outros casos. Preso nesta quarta-feira, religioso disse ser um pai de santo poderoso e que nunca seria preso, segundo apurado na investigação


05/04/2023 22:35 - atualizado 05/04/2023 23:09

Pai de santo atuava em um terreiro de Candomblé, no Bairro Jaqueline, em Belo Horizonte, e aproveitava-se da religião para caçar suas vítimas
Pai de santo atuava em um terreiro de Candomblé, no bairro Jaqueline, em Belo Horizonte, e aproveitava-se da religião para caçar suas vítimas (foto: PCMG/Divulgação)
Suspeito de cometer crimes sexuais, um pai de santo de 59 anos foi preso pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (5/4), durante a operação Canto da Sereia, em Ribeirão das Neves, na Grande BH. O homem, que atuava em um terreiro de Candomblé, no bairro Jaqueline, em Belo Horizonte, aproveitava-se da religião para "caçar" suas vítimas. 
 
Entre elas estão três enteadas do suspeito, que procuraram o Departamento Estadual de Investigação, Proteção e Orientação à Família (Defam) para denunciar os casos. Uma delas relatou à mãe que, em 2019, à época com 18 anos, o pai de santo e padrasto a estuprou, mas a mulher não acreditou. Indignada, a jovem fugiu de casa. 

 
Neste mês, a filha de 15 anos também contou à mãe que, assim com a irmã, foi abusada pelo homem. Os estupros teriam começado quando ela tinha 8 anos. A partir daí, a mulher acreditou nas filhas. Uma terceira enteada também acabou denunciando os abusos. Logo, as investigações tiveram início em 23 de março. 
 

Outras vítimas

 
No entanto, várias outras vítimas, entre mulheres e adolescentes, estão no radar da polícia. A delegada Larissa Mayerhofer explicou que o homem se valia do posto religioso e de intimidações para cometer os crimes. Diante de “fortes indícios”, ele foi preso preventivamente e encaminhado ao sistema prisional depois de ser localizado na casa de uma pessoa conhecida em Ribeirão das Neves, de onde planejava fugir. 
 
“O investigado admitiu a prática das relações sexuais, mas alegou que elas foram consensuais. Essas pessoas iam até ele [no terreiro] para procurar uma cura para alguma enfermidade física ou aconselhamento espiritual. Durante as sessões, ele as molestou. Esse homem colocava um temor reverencial e dizia às vítimas que nunca seria preso. Intimidadas, muitas não fizeram denúncia”, afirmou a delegada. 
 
O delegado Eduardo Vieira, chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, pontuou que crimes como esse acontecem em qualquer religião, sendo fundamental levar o caso ao conhecimento da polícia. “É importante denunciar. Estamos aguardando [na delegacia] toda e qualquer vítima. A Polícia Civil está pronta para fazer o acolhimento”, destacou.


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