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Estado de Minas Mais de 20 dias

Desabrigados pelas chuvas em Mariana vivem em estado precário em alojamento

Famílias reclamam de insetos, alimentação e segurança; prefeitura afirma que vai mudar as famílias de abrigo ainda nesta sexta-feira


03/03/2023 16:22 - atualizado 03/03/2023 18:21

Colchões no chão e utensílios no alojamento
Vigilância Sanitária esteve nesta sexta-feira no centro de convenções para averiguar as condições do local (foto: Divulgação/arquivo pessoal)
Quatro famílias desabrigadas pelas chuvas em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, estão há 20 dias vivendo em condições precárias em um abrigo provisório criado pela prefeitura dentro do Centro de Convenções. Uma equipe da Vigilância sanitária esteve no local nesta sexta-feira (3/3) para averiguar a situação e fazer um relatório. A prefeitura afirma que as famílias serão transferidas ainda nesta sexta-feira.
 
Ativado desde 12 de fevereiro, o abrigo emergencial, provisório e excepcional tem se tornado permanente na vida da dona de casa Fabíola Flores dos Santos, mãe de um bebê de 1 ano. Em vídeo gravado pelo vereador Pedro Ulisses Coimbra Vieira, conhecido como Pedrinho Salete (Cidadania), nessa quinta-feira (2/03), Fabíola mostra que as famílias dormem em colchões no chão, se alimentam de forma inadequada, convivem com insetos, sendo que no local há diversos pontos de água empossada.
 
“Aqui é um inferno em vida! Olha só a situação do meu filho, isso aqui é pernilongo que atacou o meu filho e ele está todo ferido pelas picadas. Nós não estamos sendo tratados bem, é igual cachorro, aqui não é lugar da gente ficar.”
 
Outra preocupação relatada por Fabíola é a falta de segurança. “Não temos privacidade queremos sair dessa situação, aqui não tem nenhuma segurança, já encontrei um homem dentro do banheiro feminino, tomamos um susto”, relata.
 
A moradora conta que não é a primeira vez que perde os bens e tem que sair da casa localizada no bairro Santa Clara e procurar o abrigo municipal. Ela diz que, em 2022, cerca de 300 famílias ficaram desabrigadas e a prefeitura alocou os atingidos em hotéis e pousadas. “Tínhamos segurança e conforto, mas depois tivemos que voltar para o mesmo lugar e conviver com os mesmos problemas”.
 
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedesc) estava programada a transferência das famílias para a Unidade de Acolhimento em 27 de fevereiro. O local passava por reformas e, com o atraso, a previsão de finalização foi para essa quinta-feira.
 
Ainda de acordo com a Sedesc o planejamento é para que as famílias sejam transferidas para a Unidade de Acolhimento ainda nesta sexta-feira (3/3).
 
A pasta ainda afirma que as quatro famílias, totalizando 11 pessoas, estão sendo monitoradas por uma Comissão Especial criada em fevereiro para fazer um levantamento e assim decidir o que vai ser feito com as famílias  e definir as diretrizes que a prefeitura irá tomar.
 
“Ressaltamos que não se trata de uma decisão da Sedesc o retorno ou não dessa famílias às residências, o que cabe à secretaria é prover o acolhimento e proteção social nos casos de emergências e calamidades” afirma a secretária Daniely Cristina Souza Alves.
 
O vereador defende que as famílias deveriam ter ficado lá no máximo três dias e considera que a extensão do prazo para mais de três semana não é aceitável.
 
“A prefeitura deveria ter remanejado essas famílias para um hotel, uma pousada com mais segurança e comodidade para as pessoas. Outra questão que considero importante é que as obras contra os efeitos das chuvas precisam ser feitas para que essas situações não voltem acontecer com as famílias de Mariana."


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