Dez trabalhadores foram resgatados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em condições análogas à escravidão em uma fazenda de café localizada em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais.
Segundo o procurador responsável por essa investigação, Mateus Biondi, os trabalhadores são de Caetanos, na Bahia, e foram trabalhar em Santa Rita do Sapucaí, que fica a 1.400 quilômetros de distância. Os próprios trabalhadores arcaram com os custos da viagem.
Ainda de acordo com o procurador, os principais problemas foram encontrados no alojamento dos trabalhadores:
- Instalações sanitárias precárias;
- Ausência de armários nos quartos;
- Falta de local para armazenar alimentos;
- Falta de local para realização de refeições;
- Falta de água potável para os trabalhadores
"Além de estarem submetidos a condições degradantes de trabalho, dentre as irregularidades praticadas pelo empregador destaca-se também a cobrança por Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), dos alimentos e dos produtos de higiene do salário dos trabalhadores, caracterizando a servidão por dívidas”, complementou Mateus.
O MPT não informou se os trabalhadores voltarão para a cidade natal, na Bahia. Em relação ao empregador, ele assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para evitar reincidência de casos.
Caso o empregador volte a cometer o crime de manter pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão, ele será multado em R$ 1.000 a cada flagrante.