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Estado de Minas OPERAÇÃO LIBERTAS

Ex-vereadora de Uberlândia é condenada por exploração sexual de travestis

Pâmela Volp foi denunciada por extorsão e roubo; outras duas pessoas foram condenadas na ação que julgou exploração de travestis e transexuais no Triângulo


01/02/2023 19:05 - atualizado 01/02/2023 19:49
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ex-vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp
Ex-vereadora Pâmela Volp, ainda responde por tentativa de latrocínio, extorsão e tentativa de homicídio, também em Uberlândia (foto: Câmara Municipal de Uberlândia / Divulgação)
Três pessoas foram condenadas a mais de 30 anos de prisão por exploração sexual de travestis e transexuais, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Entre os réus está a ex-vereadora Pâmela Volp Rodrigues Cardoso, que ainda também responde por tentativa de latrocínio, extorsão e tentativa de homicídio, na mesma cidade. 

Conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), as rés foram denunciadas por roubo e extorsão qualificada. Na sentença divulgada nessa terça-feira (31/1), Pâmela foi condenada a mais de dez anos e dez meses de reclusão em regime fechado, uma vez que já havia sido considerada culpada em outro processo da mesma operação, no fim do ano passado. 

Paula Volp e Thauana Araújo também denunciadas pelos crimes de extorsão qualificada e roubo qualificado, foram condenadas a nove anos e quatro meses de reclusão, cada, em regime fechado.

De acordo com a sentença, no processo há vários boletins de ocorrências indicando a atuação violenta por parte das acusadas, com indicação de ações voltadas à intimidação e agressão de diversas pessoas, com o intuito de manter o domínio do mercado de exploração de travestis e transexuais. 
 
 
Ainda conforme a decisão da Justiça, as provas produzidas evidenciam que Pâmela Volp exercia o monopólio da exploração de travestis e mulheres trans e não media esforços para manter o seu poder, valendo-se de capangas para amealhar dinheiro com o controle de pontos de prostituição e intimidar vítimas.

Resgates 

Em março de 2022, durante uma nova fase da Operação Libertas, o Ministério Público e o Ministério Público do Trabalho foram a dez locais, onde encontraram travestis vivendo em situações precárias. Em todos os lugares foram encontradas geladeiras trancadas e camas e quartos em condições consideradas degradantes. 
 

As diligências aconteceram em Uberlândia e Criciúma, em Santa Catarina. De acordo com as instituições, nos locais visitados, travestis eram alojadas obrigatoriamente e precisavam trabalhar com a prostituição, com cobrança por alimentação, por exemplo. Foi feito o resgate das pessoas submetidas ao trabalho análogo à escravidão em razão da servidão por dívidas e do trabalho forçado. 
 
* Com informações de Vinícius Lemos 


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