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Estado de Minas PATRIMÔNIO CULTURAL

Grades no Edifício JK são retiradas após dois anos

Grades e um portão de metal foram instalados, em 2020, na fachada de uma das torres do Edifício JK, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte


31/01/2023 09:43 - atualizado 31/01/2023 10:06

fachado do edifício JK com vista para a praça Raul Soares
Grades foram retiradas após longo processo de disputa judicial entre a administração do condomínio JK e o patrimônio municipal (foto: Gladyston Rodrigues /EM/D.A Press)

Após dois anos de processo judicial, as grades que cercavam o Edifício JK, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foram retiradas. A intervenção no complexo arquitetônico, projetado por Oscar Niemeyer na década de 1950, foi feita sem autorização da prefeitura.

O gradil, instalado em 2020, impedia que moradores usassem uma esplanada com acesso para a rua dos Timbiras. A obra foi embargada pela prefeitura sob a alegação de desconfigurar a edificação, que é considerada integrante da área de proteção da Praça Raul Soares.

Por compor esse conjunto arquitetônico protegido, as intervenções no prédio devem ser previamente autorizadas pelo poder público municipal. Na época, o edifício estava em processo de tombamento como patrimônio cultural de BH, concluído em abril do ano passado.

As grades foram retiradas após longo processo de disputa judicial entre o condomínio e o patrimônio municipal. A administração do JK foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou sobre a situação.

O Estado de Minas também entrou em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e aguarda posicionamento.

Grades no Edifício JK


Essa não foi a primeira vez que o condomínio tentou se isolar com grades. Em 2015, a administração do prédio instalou um gradil no entorno do Bloco B, no acesso pela rua dos Guajajaras, para tentar afastar os moradores de rua do local.

A alegação era de que, além de danos à estrutura do edifício, a presença dessas pessoas provocava risco de incêndio, já que eles usavam o espaço como abrigo e depósito de material reciclável que recolhem nas ruas.

A instalação também não havia passado pelo aval da PBH.


Monumento


O Edifício JK foi arquitetado por Oscar Niemeyer e construído pelo governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, motivo pelo qual o edifício recebeu seu nome.

O objetivo de JK era atenuar a crise de moradias que afetava a classe média, proporcionando habitações de alto padrão a custos baixos. A obra foi encomendada em 1952 e teve início no ano seguinte, porém, sua conclusão só foi ocorrer em 1970.

Os prédios que compõem o conjunto, considerado um ícone do modernismo na arquitetura brasileira, estão situados nas ruas dos Timbiras e dos Guajajaras.


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