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Estado de Minas APURAÇÃO

MP investiga professora que jogou balde de água fria em criança autista

Suspeita de maltratar criança foi afastada do cargo de professora de apoio de escola de Uberaba; ela também é investigada pela Delegacia da Família da cidade


22/12/2022 14:35 - atualizado 22/12/2022 14:50

Sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) registrou denúncias contra a profissional de Uberaba (foto: MPMG/Divulgação)

A Promotoria da Infância e Juventude de Uberaba informou que abriu um procedimento investigatório para apurar o caso da professora que jogou um balde de água fria na cabeça de uma criança autista que chorava, na tarde de segunda-feira (19/12), em Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei), de Uberaba, no Triângulo Mineiro. 
 
A professora foi afastada nessa quarta-feira (21/12) pela Secretaria Municipal de Educação e também é investigada pela Delegacia da Família da cidade, já que a família da criança registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Militar (PM) por maus-tratos. 
 
“O Ministério Público de Minas gerais (MPMG), atento à gravidade das notícias trazidas a seu conhecimento, está inteirando-se do caso e buscando as medidas legais cabíveis tanto para a proteção da criança envolvida nos fatos, quanto para mitigar ao máximo a possibilidade de repetição de situações semelhantes, além das responsabilizações pessoais cabíveis”, destacou a promotora Ana Catharina Machado Normanton, por meio de nota.
 
Ainda conforme a promotora, a Promotoria de Justiça está apurando o ocorrido desde segunda-feira (19/12), bem como acompanha atentamente as investigações policiais e administrativas envolvendo o caso.
 
“O art. 227 da Constituição prevê que é dever da família, da sociedade e do Estado colocar crianças e adolescentes a salvo de toda forma de violência. Em igual sentido, o art. 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente preceitua o direito de desenvolvimento sadio e harmonioso das crianças e adolescentes, sendo dever de todos velar pela dignidade deles e os colocar a salvo de qualquer tratamento violento ou constrangedor”, explica.
 

Relato da suspeita à PM

 
Com relação à denúncia de maus-tratos, a mulher explicou, como consta no boletim de ocorrência da PM, que a intenção de jogar o balde de água no menino foi para acalmá-lo, já que ele estaria em um momento de crise e muito agitado.

Ela ressaltou também que nunca e, em hipótese alguma, fez ou faria algo para machucar a criança. Alegou ainda aos militares que a criança adora água e que fica um copo no local para eles brincarem todas as vezes que passa por crises.

Disse também que costuma dar os banhos ao ar livre e com o balde, pois o menino não permanece quieto embaixo do chuveiro e, assim, evita que ele se machuque.


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