![Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão em Pouso Alto e Itamonte, no Sul de Minas, além de Itapecerica da Serra, em São Paulo(foto: Reprodução/PF) viatura da PF](https://i.em.com.br/uOdYNLt8RC9L43BgY4JERnJvqC0=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2022/10/20/1409582/viatura-da-pf_1_121575.jpg)
Estado de Minas
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão temporária contra dois empresários, suspeitos de fabricarem e comercializarem manteiga adulterada com o uso de gordura vegetal em vez de creme de leite.
A ação também cumpre sete mandados de busca e apreensão em Pouso Alto e Itamonte, no Sul de Minas, além de Itapecerica da Serra, em São Paulo.
De acordo com as investigações, foi constatada "adulteração com o uso de gordura vegetal; ácido sórbico/sorbato e a presença de coliformes totais e fecais", conforme informado pela PF.
Ficou constatado que dois dos sócios do laticínio investigado ameaçaram um fiscal do MAPA. Por isso, a Justiça Federal expediu os mandados de prisão temporária.
Ainda segundo a Polícia, o laticínio alvo da operação, somente no primeiro semestre de 2022, gastou R$ 2.394.800,00 em produtos destinados à adulteração de manteiga. Segundo a PF, isso dá 9.625 caixas de gordura vegetal.
Com base nas vendas dos anos de 2021 e 2022 até 1º de julho, os ganhos com o esquema dos criminosos foram estimados em mais de R$ 12 milhões.
Além das medidas de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou também o sequestro de bens, no valor de R$ 12.390.338,48.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Subseção Judiciária Federal de Pouso Alegre. O nome da empresa e a marca da manteiga não foram revelados pela PF.
O crime
Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios; invólucro ou recipiente com falsa indicação, e falsificação de selo ou sinal público, além de ameaça no curso do processo.