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Estado de Minas SUSPEITA DE ASSÉDIO

Professor é suspeito de usar perfil fake para enviar mensagem a menina

Professor, que leciona em escola da Região Leste de Belo Horizonte, foi detido; pais de aluna de 10 anos monitoravam redes sociais da filha


05/10/2022 10:40 - atualizado 05/10/2022 13:16

Muro e entrada da Escola Municipal George Ricardo Salum, no bairro Taquaril
Escola Municipal George Ricardo Salum: Polícia Civil informou que o caso será investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Um professor de 24 anos foi detido nessa terça-feira (4/10) suspeito de ter abusar de uma aluna de 10 anos, na Escola Municipal George Ricardo Salum, no bairro Taquaril, Região Leste de Belo Horizonte.

 

Segundo o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada pelos pais da aluna. Eles informaram que monitoraram as redes sociais da filha por cinco dias e descobriram as conversas com o professor de informática da escola. Ela trocava mensagens pelas redes sociais com o homem, que usava um perfil fake.

 

No local, os pais da menina mostraram o conteúdo das mensagens para os policiais. Os militares, então, fizeram contato com a direção da escola e pediram a presença do professor. 

 

As funcionárias da escola chegaram a sugerir que, antes, a conversa fosse apenas com elas, mas, pelo risco de fuga do professor, os policiais afirmaram que só conversariam na presença do suspeito.

 

As responsáveis pela escola ainda perguntaram se isso precisava ocorrer no pátio e, segundo o boletim de ocorrência, o sargento respondeu que não era função delas ensinar a polícia trabalhar.

 

O professor então foi chamado em uma sala de aula e, depois de informado dos fatos, negou as acusações e disse que nunca teve contato com a criança.

 

As funcionárias da escola defenderam o rapaz e afirmaram que nunca tiveram problemas com ele na escola e que tem boa conduta. A direção ainda duvidou das provas citadas pelos militares, que levou o grupo até os pais da aluna e mostraram as mensagens trocadas pela criança com o perfil fake.

 

Inicialmente, a coordenadora, que é chefe direta do professor, disse que não sabia de nada. Porém, ao ser informada que um trecho da conversa fazia alusão a ela, a coordenadora entrou em contradição e começou a passar mal.

 

Depois, ela afirmou que soube por meio de fofocas sobre a situação, mas que não sabia das mensagens trocadas e nem do possível namoro. 

 

A menina contou aos policiais que o professor usava o perfil fake que foi criado para uma amiga, mas que não usava mais. Eles começaram a trocar declarações e o pedido de namoro foi feito.

 

De acordo com o boletim de ocorrência, a menor ainda alegou que foi coagida pelas funcionárias da escola para não falar a verdade porque daria problemas para a escola e o professor poderia ser preso. 

O professor foi encaminhado para a delegacia e reafirmou ser inocente e que nunca teve contato com a menina. O celular dele foi apreendido.

 

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que o caso está sendo conduzido no âmbito policial. “A Secretaria Municipal de Educação está acompanhando a situação junto à família e está à disposição da polícia para os esclarecimentos necessários”. 

 

A PBH ainda ressaltou que o professor já foi afastado das atividades.

 

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que recebeu a denúncia de suposta prática de assédio sexual na escola e instaurou inquérito policial para apuração dos fatos. 

“Os envolvidos foram encaminhados à Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, Criança, Adolescente e Vítimas de Intolerâncias. Todos prestaram depoimento e, por falta de elementos suficientes para prisão em flagrante, o suspeito foi liberado e o celular apreendido para perícia”.

 

Por se tratar de crime contra dignidade sexual envolvendo criança, a investigação segue em sigilo na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. 


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