A soma das manifestações do setor da enfermagem no Centro e o tombamento de caminhão sobre poste que derrubou uma colmeia de abelhas agressivas trouxe bloqueios e um caos que perdura no trânsito de BH desde as 6h30 desta quarta-feira (21/09), com congestionamentos nas principais vias da Região Centro-Sul.
O resultado foram passageiros do transporte coletivo atrasados para o trabalho, descendo antes de seus destinos e caminhando por quilômetros para pegar outras conduções. Veículos tomando ruas estreitas de bairros e contornos espremidos por carros e ônibus desviados.
A interdição para destombar o caminhão acidentado na altura do número 1.801 da Nossa Senhora do Carmo, sentido Centro, paralisou cerca de 1 quilômetro nessas pistas, desde antes do trevo do bairro Belvedere até o acesso ao Sion pela Rua da Colômbia. No sentido oposto, BH Shopping, o bloqueio foi menor, de 900 metros, permitindo acesso do Santa Lúcia à avenida pela Via do Picão, dentro do Aglomerado Santa Lúcia. Esse trecho já foi liberado.
O trevo para a retorno do sentido BH Shopping da Avenida Nossa Senhora do Carmo na Altura da Rua da Colômbia, no Sion, foi onde o tráfego mais lento se afunilou. Nesse ponto, se represou quem decidiu fazer o retorno para o sentido Savassi, pela própria avenida, e quem precisava seguir para o sentido BH Shopping e teve de entrar na estreita Rua da Colômbia e traçar seu caminho pelo Sion até a Avenida dos Bandeirantes e o Belvedere.
A lentidão se propagou daquele ponto de forma tal que às 10h, já eram 650 metros de lentidão na Avenida Nossa Senhora do Carmo até o acesso à Avenida Uruguai, sentido Centro, e 1,4 quilômetro na Avenida Nossa Senhora do Carmo, da Contorno até o retorno, sentido BH Shopping.
Segundo o monitoramento em tempo real do Google Maps, o 1,2 quilômetro nos dois sentidos da Avenida Uruguai ficaram tomados de carros que mal passavam a segunda marcha, em um solta e para constante. No sentido oposto, a primeira marcha foi constante. Na Avenida dos Bandeirantes o acúmulo de veículos em marcha lenta percorreu 2 quilômetros da Rua Montes Claros até a Praça Alasca, no sentido Belvedere. De lá em diante, pelo menos mais 6 quilômetros de martírio pela Rua Patagônia, Rua Haiti, Avenida Presidente Eurico Gaspar Dutra e Avenida Celso Porfírio Machado para tentar voltar à Nossa Senhora do Carmo sentido BH Shopping, ou vias para Nova Lima e Raja Gabáglia.
Com isso o entorno do BH Shopping também enfrentou lentidão, buzinaço e impaciência, praticamente sem vias com escapatórias para os condutores belo-horizontinos e seus passageiros.
A caminhada foi de mais de 3 quilômetros para quem teve de descer do ônibus e seguir à pé, no meio da Avenida Nossa Senhora da Carmo, até o local de interdição, onde poderia contornar o bloqueio pela Rua Panamá e da Colômbia, pelo Sion, ou usar a passarela da Favela do Papagaio para o outro sentido. Era tanta gente que os passeios estreitos do Sion não comportaram o fluxo obrigando os pedestres a andar no meio das ruas.
Os protestos dos trabalhadores da enfermagem pelo piso da categoria complicaram ainda mais o tráfego nos arredores da Praça 7, Avenida Afonso Pena, Amazonas e Andradas.