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Estado de Minas CONTAMINAÇÃO

Fábricas de rações têm 72 horas para manifestar compra de propilenoglicol

Medida foi tomada após Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento identificar dois lotes do composto possivelmente adulterados com etilenoglicol


08/09/2022 18:17 - atualizado 09/09/2022 09:37

Mallu morreu nessa terça-feira (6/9) pós consumir petisco contaminado
Cerca de 50 cães já morreram em decorrência de possível intoxicação por monoetilenoglicol (foto: Arquivo Pessoal)
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) determinou que as fabricantes de produtos para alimentação animal que compraram propilenoglicol com suspeita de contaminação por etilenoglicol se manifestem em até 72 horas. A ação acontece após o órgão identificar dois lotes do químico possivelmente adulterados. 

Mesmo com os esforços do MAPA para identificar quais marcas usaram o composto contaminado e retirá-las do mercado, a origem da possível alteração do produto ainda é incerta. Isso porque a empresa Tecnoclean Industrial LTDA apontada pelo órgão federal como a responsável por vender lotes de propilenoglicol, que estariam contaminados, à fabricante de comida animal Bassar Pet Food, emitiu uma nota afirmando que apenas revendeu o produto e que não produz o químico. 

Nota entregue pela empresa Tecnoclean Industrial LTDA
Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press (foto: Empresa que revendeu suposto produto contaminado se manifestou por nota entregue à imprensa)
Nesta quinta-feira (8/9), a reportagem do Estado de Minas esteve na sede da empresa, em Contagem, para tentar contato com algum responsável pela Tecnoclean. Porém, a indústria não quis gravar entrevista e se posicionou por meio de declaração, que foi entregue por um porteiro do complexo de fábricas. Conforme o texto, o produto foi comprado de uma terceira fabricante, a A & D Química Comércio Eireli, de São Paulo. 

“Cumpre salientar que a Tecnoclean Industrial LTDA, não fabrica propilenoglicol, apenas tendo comprado da empresa A & D Química Comércio Eireli, que é importador, e revendeu ao mercado nacional como apenas distribuidor”, afirmou a empresa. 

A reportagem tentou contato com a empresa paulista apontada pela Tecnoclean como a responsável pela importação do propilenoglicol, mas não obteve retorno.
 

Confira as recomendações do MAPA à fabricantes de alimentos para animais:

  • Busque os lotes indicados em seus estoques e realize imediata segregação e suspensão
  • do seu emprego nas linhas de produção;
  • Realizem a verificação da rastreabilidade nas ordens de produção desde janeiro de 2022,
  • para identificação de produtos cujos lotes tenham sido fabricados com o uso dessas matérias-primas, e, caso encontrem, procedam o seu recolhimento no comércio atacadista e varejista. Estas ações deverão alcançar os adquirentes em seus domicílios.
  • Informar ao MAPA se possuem em estoque os produtos em questão. Informar se
  • possuem em estoque outros lotes de propilenoglicol, de mesma procedência e não relacionadas ao Oficio 424/2022/DIPOA e especificar quais são estes lotes. Recomendamos que retenham toda matéria-prima que receberam da Tecnoclean Ltda e que apresentem a relação dos lotes que por ventura tenham em
  • estoque (já verificando produtos acabados que receberam estas matérias-primas para possível recolhimento preventivo, considerando que as investigações ainda estão em andamento).
  • Sugerimos fortemente que revisem seus procedimentos de seleção de fornecedores e recebimento de matérias-primas, principalmente voltadas ao propilenoglicol.


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