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Estado de Minas PROTESTO

Caso Bárbara Vitória: comunidade faz passeata por proteção das crianças

O ato 'Protejam nossas crianças e adolescentes' saiu do Centro de Referência de Assistência Social Mantiqueira e caminhou pelas ruas do bairro


26/08/2022 13:45 - atualizado 26/08/2022 17:09

Na manhã desta sexta-feira (26/8), foi realizada a passeata “Protejam nossas crianças e adolescentes”, no Bairro Mantiqueira, Venda Nova, em Belo Horizonte, em homenagem à menina Bárbara Vitória, de 11 anos, estuprada e encontrada morta em um campo de futebol da região.

 

Durante o ato, adultos, estudantes e membros do Conselho Tutelar e dos Centros de Referência de Assistência Social do bairro discursaram sobre a importância de conscientizar as pessoas sobre o Disque 100 - canal de denúncias gratuito e sigiloso - da Polícia Civil. 

 

Leia: Quem era Bárbara Vitória, a menina achada morta após desaparecer em BH 

Marcella Oliveira, estudante  de 15 anos (9° ano) que acompanhou o ato, disse: “precisamos conscientizar as pessoas, porque infelizmente é algo muito recorrente. Muitas crianças e adolescentes são abusadas hoje em dia. Eu fui para conscientizar as pessoas a escutarem crianças e adolescentes, quando reclamarem de algum abuso e ajudar a denunciar”. 


Marcela segurando cartaz, de óculos e cabelo cacheado castanho escuro.
Marcella lamenta que os abusos estejam aumentando, e disse que o caso de Bárbara deixou o bairro assustado (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
 


A estudante contou, ainda, que durante sua vida escolar recebeu orientações, principalmente quando era mais nova, ressaltando a importância da educação nesse processo. “Todas as escolas que eu estudei sempre abordaram onde que pode tocar e onde que não pode, explicaram a diferença entre abuso e estupro. E falavam também que qualquer coisa que aconteça, a escola estará lá para te apoiar. Devemos denunciar”.


Marcella explicou que o caso da menina Bárbara Vitória assustou muito o bairro, mas escancarou uma situação que merece atenção. “Todo mundo estava engajado no protesto, porque a comunidade resolveu parar pra ler o panfleto que a gente entregava, sabe? Eles sentiram muito a perda da Bárbara, foi muito triste”.


Participaram do ato integrantes do Cras Mantiqueira, Creas Venda Nova, Centro Pop Miguilim, Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Minas Gerais (FEVCAMG), Escola Municipal Pedro Guerra, Escola Estadual Juscelino Kubitschek, Centro de Saúde Paraúna, Conselho Tutelar Venda Nova e Sesc/MG.


Evanilde Santos Albino, coordenadora do Creas Venda Nova, contou à reportagem que as campanhas de conscientização já são feitas há algum tempo no bairro, e foram intensificadas devido à perda de Bárbara Vitória.


Escola no processo de conscientização

Conceição no centro da foto, de cabelos grisalhos e óculos, segurando cartaz
Conceição explica a importância da escola no processo de conscientização sobre abuso sexual (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

 

Durante o ato, foram feitos alguns discursos em que professores abordaram a importância da escola no processo, bem como a necessidade de conscientizar os profissionais sobre os sinais de abusos que crianças e adolescentes podem demonstrar.


A professora da Escola Municipal Professor Pedro Guerra, Conceição Aparecida Silva, explica que as escolas do bairro sempre foram muito integradas com a comunidade nessa questão.

 

“Estamos sempre em busca de nos unir com a comunidade, e trazer a preocupação de observar as crianças. Temos enfrentado na pandemia uma quantidade muito grande de estudantes com crises de ansiedade, muito abalados do ponto de vista psicológico”.

 

 

 

Ela ressaltou, também, a importância de capacitar os profissionais para entender sinais de abuso nas crianças. “Cada vez mais vemos casos como esse, é um retrocesso da sociedade. A violência tem se intensificado muito, então as instituições têm que investir e fortalecer essa relação de apoio. O estado tem que cuidar desses locais também. A escola é um lugar seguro, e quanto mais preparado o professor estiver para identificar esses sinais, melhoramos nossos atos de proteção", conclui.

 

*estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira


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