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Estado de Minas ESCALADA DA DOENÇA

Varíola dos macacos: sobe para nove o número de casos em BH

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, todos os pacientes são moradores da capital e têm histórico recente de viagens para São Paulo ou exterior


07/07/2022 10:02 - atualizado 07/07/2022 11:35

Braço com varíola dos macacos
Casos de varíola dos macacos chegam a nove em Belo Horizonte (foto: Reprodução/Pixabay)
Nove moradores de Belo Horizonte testaram positivo para varíola dos macacos. De acordo com a Secretaria Municipal (SMSA), os casos são importados, sendo oito pacientes que chegaram recentemente de São Paulo e um outro do exterior. Todos eles estão bem, e apenas um precisou de internação por precaução, já que não tinha lugar para cumprir o isolamento necessário para evitar a propagação da doença.

 

Com as notificações, o número de confirmações deve aumentar em Minas. Até essa quarta-feira (6/7), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) tinha informado oito em todo o território. Desse total, seis eram na capital mineira e dois em Sete Lagoas, na Região Central. Até domingo, eram apenas três.

 

A faixa de idade das pessoas infectadas é de 23 a 46 anos. O primeiro caso, confirmado na quarta-feira da semana passada, tem como local provável de contaminação um país europeu. Segundo a SES, a fonte provável de contaminação dos oito casos até então confirmados em Minas foi por contato íntimo.

 

De acordo com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas – que confirmou os primeiros casos fora da capital mineira –, as notificações haviam sido feitas no fim de semana e os exames laboratoriais foram realizados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte. Os pacientes estão sendo acompanhados por infectologistas da Secretaria Municipal de Saúde.

 

Segundo a Prefeitura de Sete Lagoas, as pessoas contaminadas têm 34 e 46 anos e apresentaram histórico recente de viagem para a cidade de São Paulo. Os pacientes passaram por completa avaliação médica, mas não houve necessidade de internação, sendo feito apenas o isolamento domiciliar. Em monitoramento por telefone, o Executivo municipal confirmou ainda que um dos enfermos já não apresenta sinais sugestivos da infecção. No outro caso, há progressão na recuperação.

 

Varíola dos macacos no Brasil

 

Ainda o ontem, o Ministério da Saúde divulgou novo balanço da doença, que computa 106 casos de monkeypox confirmados no Brasil. São Paulo é o estado com maior parte dos casos, 75, seguido do Rio de Janeiro, com 20. Nessa contagem, Minas Gerais ainda registrava apenas três casos confirmados, ou seja, o número nacional já é de pelo menos 111, somados os cinco novos casos de BH e Sete Lagoas. E pode ser maior, considerando que há defasagem entre a confirmação dos casos e seu lançamento nos registros do Ministério da Saúde.

 

De acordo com os dados nacionais divulgados ontem, há casos confirmados também no Ceará, Paraná e Rio de Grande do Sul – dois registros em cada estado; e no  Distrito Federal e Rio Grande do Norte, com um caso cada. O rastreamento do Ministério da Saúde é feito por meio da Sala de Situação e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Nacional).

 

Transmissão da doença

A varíola causada pelo vírus hMPXV (human monkeypox virus, na sigla em inglês), do gênero Orthopoxvirus, causa uma doença mais branda do que a varíola smallpox, que foi erradicada na década de 1980. Trata-se de uma doença viral transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente. Atualmente, há surtos da doença em pelo menos 53 países, com quase 6 mil casos.

 

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

 

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

 

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool em gel.

 

* Estagiário sob supervisão do subeditor Diogo Finelli 

 

 

 

 

 


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