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Estado de Minas JULGAMENTO EM BH

Chacina de Unaí: júri decide destino de Antério Mânica nesta sexta-feira

Julgamento de Antério Mânica deve terminar nesta sexta, após debates entre acusação e defesa


27/05/2022 10:04 - atualizado 27/05/2022 10:43

Imagem mostra o acusado Antério Mânica chegando no prédio da Justiça para o julgamento
Antério Mânica (de jaqueta preta) chega no prédio da Justiça Federal (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)

Nesta sexta-feira (27/5), o conselho de sentença irá determinar se o ex-prefeito de Unaí Antério Mânica será condenado ou absolvido da acusação de ser mandante do crime que ficou conhecido como Chacina de Unaí. O fazendeiro chegou no Tribunal do Júri da Justiça Federal, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, por volta das 8h30.

A sessão de hoje inicia com os debates entre acusação e defesa, com réplicas e tréplicas. O advogado e assistente de acusação Roberto Tardelli diz esperar um debate de alto nível hoje. "O júri é uma guerra de ideias, não é uma guerra pessoal", disse. O tempo da acusação será dividido entre os procuradores da República e os assistentes de acusação.

Após os debates, o júri irá para votação do veredito. Nesses quatro dias, o conselho, composto por sete pessoas, fez um mergulho na história. Eles ficam sem celular, isolados, sem nenhum contato externo. Todos eles estão munidos de uma responsabilidade maior hoje", comenta Tardelli.

Em vigília na porta do tribunal, desde terça-feira (24), auditores fiscais realizam mais um ato de protesto, coordenado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). A categoria está confiante de que o júri irá chegar à mesma conclusão de sete anos atrás, quando Antério Mânica foi condenado 100 anos de prisão. "Tem sido muito duro para todos nós esse processo que já se estende por 18 anos. Estamos em busca de paz", disse Bob Machado, presidente do Sinait.

Ao longo dos três últimos dias de julgamento foram ouvidas 19 testemunhas, sendo 14 de defesa, entre elas um dos pistoleiros contratados para matar os fiscais, em 2004, e cinco de defesa. A previsão era de 20 testemunhas, porém uma delas foi dispensada pelo Ministério Público Federal (MPF).

A Chacina de Unaí


Em 28 de janeiro de 2004, Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva foram assassinados a tiros em uma emboscada quando investigavam condições análogas à escravidão na zona rural de Unaí, incluindo as propriedades da família Mânica. O motorista Ailton Pereira de Oliveira, que acompanhava o grupo, também foi morto.

Além de Antério Mânica, o irmão dele, Norberto, foi condenado como outro mandante da chacina. Ele, porém, está em liberdade. Outros condenados pelos crimes foram Hugo Alves Pimenta, José Alberto de Castro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, que cumprem pena na prisão.


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