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Estado de Minas JUGAMENTO EM BH

Protesto com cruzes pede justiça às vítimas da Chacina de Unaí

A expectativa é de que se mantenha a condenação de 100 anos do mandante do crime, após anulação do julgamento de 2015


25/05/2022 09:08 - atualizado 25/05/2022 14:55

Cruzes formadas por sacos de feijão no chão, mulher no canto direito deixa flores no local. Gradis ao fundo com uma faixa escrito 'Não há paz na impunidade'
Protesto com cruzes e sacos de feijão é realizado em memória da Chacina de Unaí, ocorrida em 2004, na porta do tribunal (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
No segundo dia de julgamento do ex-prefeito e produtor rural Antério Mânica, auditores fiscais realizam mais um ato de protesto na porta do Tribunal do Júri da Justica Federal, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Com cruzes de sacas de feijão, simbolizando os acusados de serem mandantes do crime, eles pedem justiça para as vítimas.



Cerca de 30 auditores mantém vigília  no local e aguardam a condenação do réu. "Estamos aqui realizando mais um protesto, que representa a dor dos auditores fiscais de todo o Brasil", afirma o presidente do Sindicato Naciobal dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Bob Machado. 

O crime aconteceu em 2004 nas proximidades da cidade mineira, quando três fiscais do trabalho e o motorista do Ministério  do Trabalho que os conduzia foram assassinados em uma emboscada. "A simbologia do ato hoje são cruzes com sangue, representadas  por sacos de feijão, que fazem menção aos mandantes da chacina, produtores de feijão da cidade", conta.

A categoria espera que o júri chegue à mesma conclusão de sete anos atrás, quando Antério Mânica foi condenado 100 anos de prisão. "Esses mandantes privaram os filhos de nossos colegas de conviver com seus pais. Enquanto isso, após 18 anos do crime, eles não cumpriram pena pelo que fizeram e estão livremente convivendo com as suas famílias. Eles estão rindo literalmente da cara da sociedade e do Estado brasileiro", destaca Bob.


Imagem: Jair Amaral/D.A Press

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Para ele, o julgamento de 2015 não foi anulado por falta de provas, mas por questões processuais. "O volume de provas de sete anos atrás é o mesmo de hoje. Então, a lógica é de que os jurados e a Justiça confirmem a condenação", pontua.

Nesta quarta-feira serão ouvidas seis testemunhas de acusação. Ontem (24), o ex-delegado de Polícia Wagner Pinto de Souza confirmou uma das principais provas que ligam o fazendeiro à Chacina de Unaí. Ele sustentou que um veículo igual ao da esposa de Antério foi visto em uma reunião com os executores e intermediários do crime.


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