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Estado de Minas ANIMAIS VENENOSOS

Hospital registra 16 acidentes por dia com animais peçonhentos em 2022

Número de casos neste ano no Hospital João XXIII, em BH, já passa da metade do total registrado no ano passado


13/05/2022 10:23 - atualizado 13/05/2022 12:56

Escorpião
Em BH, escorpiões são responsáveis pelo maior número de casos de vitimas de acidentes com peçonhentos (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press (2019))
O Hospital XXIII, referência em toxicologia em Belo Horizonte, atendeu 2.068 vítimas de envenenamento por peçonhentos entre janeiro e maio deste ano. Isso representa 53% do total do ano passado, quando foram registrados 3.877 casos. 

Segundo o coordenador da Toxicologia do Hospital João XXIII, Adebal de Andrade Filho, manter o domicílio e a área ao redor da residência limpos ajuda a diminuir os riscos. “Reduzir a quantidade de alimentos que atraiam estes animais para perto ou dentro de casa também colabora”, reitera. 

Quanto a trabalhos que envolvam manipulação de entulhos, limpeza de porões e sótãos ou que sejam em região de mato, Adebal pontua: “A maioria das picadas acomete mãos, braços, pés e pernas. O uso de botas de cano alto e luvas de raspa de couro, quando em atividades consideradas de risco, previnem a maioria dos acidentes pelos animais peçonhentos”. 

De acordo com dados levantados pelo hospital, os casos mais comuns de acidentes envolvem escorpiões. Em seguida, aranhas, serpentes e, por último, lagartas. 

O que fazer em caso de acidente? 

“A primeira providência é localizar o animal envolvido. Se possível, fotografar em várias posições (cabeça, corpo e cauda) e levar para onde for atendido para permitir que a equipe de saúde faça a identificação” explica Adebal. 

A identificação correta do animal permite tratamento mais rápido e mais específico. “O paciente deve ser levado a uma unidade de saúde mais próxima, mesmo que esteja pouco sintomático, no primeiro momento”, continua. 

O coordenador enfatiza ainda o que não deve ser feito: “Não fazer torniquete; não furar ou cortar o local; não tentar chupar o veneno; não oferecer líquidos ou alimentos para ingerir; não oferecer leite ou bebida alcoólica; não administrar calmantes”. Em um primeiro momento, se possível, a vítima deve somente lavar o ferimento com água e sabão. 

Quem procurar em caso de acidente? 

A vítima pode acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo número 192. Em Belo Horizonte e Região Metropolitana, é possível acionar diretamente o Centro de Toxicologia pelos telefones: (31) 3224-4000, (31) 3239-9308 ou 0800-7226001. 

“O CIAToxMG (Centro de Toxicologia) que fica dentro do Hospital João XXIII, funciona 24 horas por dia, 7 dias da semana, e tem uma equipe treinada e pronta para fornecer informações tanto às vítimas de acidentes provocados por peçonhentos, como também a profissionais de saúde, ajudando no diagnóstico e tratamento a distância”, enfatiza Adebal. 

Em caso de identificação de animais peçonhentos em casa, o serviço de zoonoses da prefeitura deve ser acionado para orientações gerais e, eventualmente, até alguma intervenção. Na capital mineira, o departamento responde pelo número (31) 3277-7411. “No entanto, cada cidadão deve sempre estar atento às orientações de prevenção”, finaliza o coordenador. 


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