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Estado de Minas PANDEMIA EM BH

Com RT em queda e leitos lotados, BH pode já ter atingido pico da Ômicron

Índice do nível médio de transmissão da COVID-19 continua perdendo força em Belo Horizonte, mas internações não baixam


02/02/2022 17:56 - atualizado 02/02/2022 23:49

pacientes internados covid assistência médica
Enfermarias e UTIs de BH destinadas ao tratamento de pacientes com covid estão próximas do esgotamento (foto: Michel Dantas/AFP)
O RT, índice que indica o nível médio de transmissão da COVID-19, continua perdendo força em Belo Horizonte. Nas últimas 24 horas ele caiu de 1,10 para 1,09, o que pode significar que a capital mineira, de fato, tenha atingido nos últimos dias o pico da pandemia. Isso significa que cada 100 pessoas transmitem o coronavírus para outras 109. De acordo com infectologistas, o ideal é que o RT fique abaixo de 1.

 

"A estabilização do RT nas últimas horas e uma queda em relação aos últimos dias significa que possivelmente nós estejamos no pico da pandemia. Talvez com uma tendência a queda dos números, ou seja, talvez em breve poderemos estar saindo do pico. Mas este momento de queda na transmissão deve ser acompanhado com muita atenção por todos, pois não significa que os números seguirão essa tendência, devido às características do coronavírus. Não estamos numa zona de conforto", disse o infectologista Estévão Urbano em entrevista ao Estado de Minas.

 

Na direção oposta, estão as internações na cidade. A cada dia, os leitos estão mais lotados, mesmo a prefeitura disponibilizando novas vagas. No boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (2/2) pela prefeitura mostra que a taxa de ocupação em UTIs voltou a subir de 88,4% para 92,8%. Nas enfermarias, as ocupações elevaram de 85,3% entre ontem e hoje. Neste mesmo período, mais três pessoas morreram em decorrência da doença e o número total de óbitos chegou a 7.180.

 

Para o infectologista, a redução do RT não impacta diretamente na ocupação dos leitos. A situação nos hospitais da cidade se mantém crítica, no vermelho, oscilando diariamente entre 80 e 95% das ocupações.

 

"Os leitos continuam com uma ocupação alta porque primeiro, os casos graves continuam chegando nos hospitais. Você pode ter uma desaceleração no total de casos, mas não quer dizer que os casos graves estejam em queda ou que já não haja novos casos. O percentual de casos de exigem internações é apenas uma fração do total de casos. Não necessariamente o total de casos caindo significa que aquela fração de casos graves também caia no mesmo ritmo. Estamos vendo ainda um volume de internações e solicitações de internações alto", apontou Estevão Urbano. 

"Outra questão, os casos de pessoas já internadas que às vezes ocupam os leitos hospitalares por dias e até semanas. Até que haja um desfeito de alta para desocupar um leito pode demorar um número de dias que você não consegue transformar em queda de saturação da noite para o dia", concluiu o infectologista.

 

O número de casos confirmados, de pacientes em acompanhamento médico e de recuperados não foram atualizados pelo município nesse boletim devido a problemas técnicos na base de dados e-SUS/Ministério da Saúde.

 

gráfico
(foto: Arte/EM/D.A press)
 


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