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Estado de Minas SAÚDE

Funcionários de hospitais da Fhemig decidem hoje se entram em greve

Trabalhadores realizam assembleia no início da tarde desta sexta-feira (28/1). Categoria reclama das condições em hospitais. Fhemig diz que vai apurar denúncias


28/01/2022 13:20 - atualizado 28/01/2022 13:49

João XXIII
Entidades dizem que, por falta de ar-condicionado, área de cirurgia do Hospital João XXIII está funcionado com as portas abertas (foto: Sindpros/Divulgação)


Trabalhadores de hospitais da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) vão realizar uma assembleia no início da tarde desta sexta-feira (28/1) com indicativo de greve por tempo indeterminado. A decisão deve ser tomada no encontro, marcado para as 14h na porta do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.

A assembleia foi convocada pelo Sindicato do Profissional de Enfermagem, Auxiliar de Apoio da Saúde, Técnico Operacional da Saúde, Analista de Gestão e Assistência à Saúde (Sindpros) e pela Associação dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg). Segundo a nota das entidades, os funcionários reclamam das condições de trabalho e assistência aos pacientes nas unidades. 
 
Entre os problemas estão pacientes nos corredores aguardando vagas em setores de tratamento, superlotação, falta de profissionais e problemas estruturais, como falta de ar-condicionado. Um dos exemplos dos sindicatos seria o Hospital João XXIII, onde o bloco cirúrgico está funcionando com as portas abertas por causa do calor, segundo eles. 

Na nota divulgada à imprensa, as representações listam uma série de problemas. Confira abaixo:

"No Hospital João XXIII pacientes aguardando nos corredores vagas para internação, enquanto a gestão da Fhemig desativou leitos no Hospital Maria Amelia Lins que servia de suporte para o Hospital João XXIII. O bloco cirúrgico do pronto socorro está funcionando com as portas abertas, o que é inaceitável devido ao alto risco de infecção para o paciente em cirurgia. Isso devido ao grande calor das salas que há meses está com o ar condicionado está estragado. 

O Hospital Infantil João Paulo II continua sem profissionais suficientes e apresenta superlotação de pacientes. Essa situação segue desde ano passado e se agrava com o período do ano onde há uma maior demanda. A Fhemig mesmo com as nossas denuncias e tentativas não realizou contratação de novos profissionais.

O Hospital Alberto Cavalcanti, onde foi fechado o atendimento de urgência, emergência e clinicas com a promessa de virar uma referência no tratamento do câncer, segue com serviços desativados.  A tomografia e endoscopia estão paradas, gerando uma fila de espera grande de pacientes com tratamento oncológico.

O Hospital Regional de Barbacena, mantem pacientes graves no corredor aguardando vagas para no setor de tratamento. São em torno de 25 pacientes com apenas 2 técnico de enfermagem.

Além de paciente com diagnostico de covid, internado na mesma enfermaria de outros pacientes, sendo realizado intubação do paciente e mantido na enfermaria colocando em risco todos os pacientes e funcionários

No Hospital Júlia Kubistchek, mesmo com alta de casos de COVID, as vagas para pacientes com COVID foram fechadas por falta de profissionais.

Hospital Psiquiátrico Infantil, pacientes com COVID são mantidos junto dos demais pacientes, sendo que o mesmo trabalhador cuida de pacientes com COVID e sem. O que propaga o vírus para todos."

Os sindicatos cobram do governo de Minas a realização de concurso público e contratação de funcionários em tempo hábil. Ontem, a Fhemig anunciou a abertura de 77 vagas em hospitais do estado

“Diante de todos os sacrifícios dos trabalhadores as únicas medidas que o governo tomou foi exigir mais sacrifícios. Sacrifício da população com o fechamento de hospitais e serviço. Sacrifício dos trabalhadores com cortes nos salários de forma injusta, sobrecarga de trabalho e corte de férias além de abertura de processos administrativos contra os funcionários que estão denunciando as situações dos hospitais”, diz a nota das entidades.

O Estado de Minas procurou a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), por e-mail, sobre as questões apresentadas pelos sindicatos e aguarda resposta. 

O que diz a Fhemig


Questionada pela reportagem, a Fhemig disse que vai apurar as denúncias apresentadas na nota conjunta do Sindpros e da Asthemg, e afirma que houve aumento na oferta de leitos. Leia na íntegra abaixo:

"A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informa que irá apurar as denúncias, e reitera que mantém diálogo constante com os servidores, sempre atenta às suas reivindicações e demandas.

Seguimos empenhando todos os esforços para manter a assistência qualificada à população mineira neste momento de sobrecarga do sistema de saúde. Em função disso, no início do mês a Fhemig aumentou a oferta de leitos de enfermaria no Hospital Júlia Kubitschek e anunciou a oferta de novos leitos de UTI pediátrica no Complexo Hospitalar de Urgência, que entraram em funcionamento nesta semana. 

Em entrevista coletiva nessa quinta-feira (28/1), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, anunciou novas oferta de leitos para a Rede Fhemig, distribuídos da seguinte forma: 

Complexo Hospitalar de Urgência

42 leitos de enfermaria adulto (20 já em funcionamento)
10 leitos de UTI pediátrica (já em funcionamento)
10 leitos de UTI adulto (já em funcionamento)

Hospital Júlia Kubitschek

60 leitos de enfermaria adulto (20 já em funcionamentos)

Até a próxima quarta-feira (2/2), todos os leitos estarão em funcionamento.
 
Além disso, estão em andamento 10 editais de contratações para a composição de equipes.”


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