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Estado de Minas OPERAÇÃO LIBERTAS

Clínicas suspeitas de procedimentos irregulares em travestis são alvo do MP

As duas clínicas seriam o núcleo médico para implantação de próteses de silicone da quadrilha que controlava a exploração de travestis trans em Uberlândia


20/01/2022 18:22 - atualizado 20/01/2022 18:29

Fachada do MPMG
Investigação do MPMG identificou clínicas em Uberlândia e em Taboão da Serra (SP) (foto: Divulgação/MPMG)
Duas clínicas médicas foram alvo de mandados de busca e apreensão na quarta fase da Operação Libertas, que investiga exploração de mão de obra sexual de travestis em Uberlândia. As clínicas seriam pagas pela organização criminosa investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para implantação de próteses de silicone nas trans e travestis exploradas, e sem cuidados mínimos para os procedimentos.
A ex-vereadora do município do Triângulo Mineiro, Pamela Volp, seria a cabeça da quadrilha. Ainda de acordo com a promotoria, o chamado núcleo médico que prestava serviços para a organização era formado por clínicas em Uberlândia e em Taboão da Serra, no estado de São Paulo.

A clínica paulista também foi alvo recente de investigações por autoridades daquele estado.
 
A clínica mineira foi fiscalizada pela Vigilância Sanitária de Uberlândia e interditada. O motivo era a realização de procedimentos de alto risco sanitário sem licenciamento.
 
A equipe de investigação constatou que, após a interdição, documentos passaram a ser retirados do local para outros imóveis. “Por isso, foi pedida interposta medida cautelar, a fim de identificar todas as possíveis vítimas do médico”, informou o MP.
 
Houve então, o cumprimento de um mandado de busca e apreensão autorizado pela Justiça. Foram apreendidos prontuários médicos, documentos diversos, aparelhos celulares e HD interno. Ainda serão ouvidos os funcionários da clínica médica e analisado o material apreendido.
 

Relatos de sofrimento

Segundo provas colhidas pelo MPMG, há relatos de que o procedimento cirúrgico era realizado em regime ambulatorial, sem anestesia adequada e profissional especializado, inclusive algumas travestis e trans alegaram sofrimento durante o procedimento.  

As vítimas saíam da maca operadas e já eram liberadas da clínica.
 
Conforme a investigação apontou, a clínica tinha parceria com Volp, que pagava diretamente para os médicos e supostamente recebia comissão. O médico não é cirurgião e implantava o silicone que queria, sem consulta às pacientes.


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