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Estado de Minas PARALISAÇÃO À VISTA

Manifestação em JF denuncia 'fim do cobrador de ônibus' e anuncia greve

Em manifestação nesta quinta-feira (20/1), trabalhadores do transporte coletivo de Juiz de Fora também questionaram proposta de reajuste salarial de 4%


20/01/2022 17:53 - atualizado 20/01/2022 21:45

Manifestação em Juiz de Fora
Ato teve concentração no Parque Halfeld, passou pela Avenida Barão do Rio Branco (na foto) e terminou na Avenida Getúlio Vargas, em Juiz de Fora (foto: Sinttro/Divulgação)
"Querem tirar o cobrador de ônibus", dizia uma das faixas carregadas pelos trabalhadores do transporte coletivo de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, durante um protesto no Centro da cidade na manhã desta quinta-feira (20/1). Outra pauta levantada pela categoria foi a insatisfação com a proposta de reajuste salarial de 4%.
A manifestação teve concentração no Parque Halfeld, passou pela Avenida Barão do Rio Branco e terminou na Avenida Getúlio Vargas.
 
No ato promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do município (Sinttro), a categoria anunciou que uma greve geral será deflagrada, a partir da próxima quinta-feira (27/1), caso as reivindicações do setor não sejam atendidas.
 
O vice-presidente do Sinttro, Claudinei Janeiro, afirma que a prefeitura e os empresários – donos das empresas de ônibus na cidade – querem "acabar com a função do cobrador".
 
"A intenção é remover a cláusula no nosso Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que protege a manutenção do emprego do cobrador", avaliou o vice-presidente do sindicato, acrescentando que os trabalhadores recusaram a proposta de 4% de reajuste salarial.
 
"Estamos há dois anos sem aumento. Logo, o índice que a gente pediu foi de 15%. Caso não aceitem, vamos parar tudo na próxima quinta-feira", complementou.

Vista aérea da Avenida Rio Branco, em Juiz de Fora
Uma grande fila de ônibus foi formada na Avenida Barão do Rio Branco, em Juiz de Fora (foto: Sinttro/Divulgação)
 

Associação da categoria de empresários de ônibus se manifesta

Em Juiz de Fora, três empresas oferecem o serviço de transporte coletivo. São elas: Viação São Francisco, Transporte Urbano São Miguel (Tusmil) e Ansal – Auto Nossa Senhora Aparecida Ltda. Em nota à reportagem, a Associação Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros de Juiz de Fora (Astransp), que representa todas elas, disse que "as empresas seguem negociando com o sindicato".
 
"Existe uma promessa de reajuste de 4% (no salário) a partir de janeiro, mas as empresas haviam acenado para estudar a majoração deste índice. Esta decisão foi adiada, no entanto, em razão da interrupção do pagamento do subsídio pelo município", disse a associação.
 
"Não há cláusula de fim de função na atual proposta de negociação do ACT. Apenas não há inclusão de texto que trate de garantia desta questão. A negociação segue por parte das empresas e não há motivo para convocação de greve", finalizou a Astransp.
 

Prefeitura diz que não haverá perda de postos de trabalho

Sobre a informação divulgada de que a Prefeitura de Juiz de Fora quer “tirar os cobradores”, a gestão municipal disse, em comunicado oficial em seu site, que “nunca fez essa proposta”.
 
"A prefeitura garantiu em pactuação com as empresas, e em lei aprovada pela Câmara, que não haverá perda de nenhum posto de trabalho", afirma.
 
A alegação do Executivo, no entanto, também é alvo de contestação por parte do vice-presidente do Sinttro.
 
"A prefeitura diz que ninguém vai perder o emprego, mas a gente não acredita nisso. Como eles pretendem realocar cerca de 1.300 trabalhadores que estão na função de cobrador? Ainda que decidam remanejar, não vão conseguir fazer isso com todos e, obrigatoriamente, muitos vão perder o emprego", ponderou.


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