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Estado de Minas SEM SAÍDA

Transporte público de BH: 108 ônibus param de rodar por falta de diesel

Empresários alegam crise econômica e dificuldade para compra de insumo e quitar salários de funcionários


12/01/2022 17:57 - atualizado 12/01/2022 18:54

garagem com ônibus parados
Empresas dizem que não tem como manter o serviço diante da crise que atingiu o setor (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
 
Duas empresas de ônibus incluídas no sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte declararam colapso na tarde desta quarta-feira (12/1), por falta de óleo diesel em seus estoques e viabilidade financeira para contínua aquisição do insumo. A informação foi confirmada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), que alegou a piora da crise que se instalou desde o início da pandemia. 
 
A Viação Transoeste informou que suspenderá suas atividades por tempo indeterminado, a partir da manhã desta quinta-feira (13/01). A empresa conta 88 veículos no sistema da BHTrans.
 
A Transoeste opera 28 linhas sendo 5 compartilhadas e uma da rede de domingo. Atende as regiões central, área hospitalar, centro-sul, BH Shopping e Anel Rodoviário. A empresa atende linhas como a 32 e 35 (Estação Barreiro/Centro), 303 (Estação Diamanta/Santa Cecília), 304 (Estação Diamante/Jatobá), 3250 (Estação Diamante/Buritis), 3350 (Estação Diamante/Estação Barreiro), entre outras.

Por sua vez, o Consórcio Dom Pedro II, responsável por 18 veículos, argumentou que seus estoques de óleo diesel conseguem operar até o próximo domingo (16/01), que sem uma alternativa, suspendem suas atividades a partir da próxima semana.

“O SetraBH lamenta a crise e destaca que os maiores prejudicados serão os usuários que deixarão de ser atendidos pelas duas empresas. A entidade e os Consórcios Dez e Dom Pedro II estão em contato com o poder concedente para viabilizar uma solução emergencial para a crise”, afirmou o SetraBH, em nota.

Além dos insumos como o óleo diesel, que vem sofrendo aumentos constantes, as empresas relataram que vem tendo enorme dificuldade manter os salários de seus funcionários em dia.
 
“Há um desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos e os efeitos deletérios da 'pandemia' no transporte público urbano em todo o país, com a redução gigantesca do número de passageiros”, informou o sindicato, que alega que outras empresas vivem a mesma dificuldade e em breve vão anunciar a suspensão das operações.
 

O que disse a PBH 

A prefeitura disse ter sido notificada da situação e agendou reunião com os representantes do Setra BH nesta quinta-feira (13/1), às 14h, no Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), com presença do prefeito Alexandre Kalil (PSD), para propor soluções para o problema. 

Greve 

 

Em dezembro, funcionários do transporte público entraram em greve exigindo  reajuste salarial (INPC e perdas dos últimos anos), retorno do ticket nas férias, pagamento do abono 2019/2020 e fim da limitação do passe livre. A Justiça determinou que 60% dos ônibus rodassem na capital.
 
O movimento só teve fim depois que os servidores aceitaram proposta de 9% de reajuste salarial e no ticket-alimentação do setor patronal. 

 


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