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Estado de Minas ENCHENTE NO RIO DOCE

Enchente perde força, mas Valadares agora pena com desabastecimento de água

O nível do Rio Doce está caindo lentamente desde a madrugada desta quarta-feira (12/1), mas a cidade ainda enfrenta muitos problemas, como a falta de água


12/01/2022 14:43 - atualizado 12/01/2022 14:51

Vista geral do Rio Doce, em Governador Valadares
A ponte da Ilha dos Araújos e o Rio Doce. A ETA central está à frente, debaixo da Palmeira, ao fundo (foto: Alexandre Guzanshe EM)
O nível do Rio Doce está caindo a cada hora que passa em Governador Valadares. A Defesa Civil estimou que o nível chegaria a 4,70 metros na madrugada desta quarta-feira (12/1). Às 2h30 chegou a 4,35 metros. No começo da tarde, na medição de 13h30, o nível estava em 4,15 metros. Entretanto, nem tudo está resolvido. A cidade ainda sofre com diversos problemas, um deles a falta de água potável.
 
A cidade tem 82 desabrigados e cerca de 8 mil desalojados, que devem voltar pra casa até o fim desta semana, porque as águas vão baixar lentamente, como em anos anteriores.

Com o nível da água baixando, a esperança de que o pesadelo da enchente passe rápido motivou a todos, tanto os atingidos como os voluntários que navegam pelas águas represadas nas ruas para levar água mineral e comida a quem está preso em casa.
 
A jornalista Amanda Ribeiro estava entre os voluntários que entregaram os marmitex para moradores ilhados no Bairro Santa Rita na manhã desta quarta-feira. Ela confia que toda a situação lamentável em que se encontram os ribeirinhos vai passar. Influenciadora digital, ela explicou que o seu trabalho é voluntário e fruto da bondade dos seus seguidores.
 
“Fizemos uma mobilização nas redes sociais, eu e outros influenciadores, como o meu amigo Ricardo Belechiam, e recebemos muitas doações de empresários e pessoas das comunidades”, explicou.
 
Além de levar água e marmitex para as pessoas ilhadas, outros barcos têm sido utilizados para fazer resgates de pessoas que insistiram em ficar em casa, mas não suportaram o isolamento. Militares do Corpo de Bombeiros e da Polícia Ambiental saem e chegam a todo instante com seus barcos, pela Rua Othoniel Mota, no Bairro São Pedro, trazendo as pessoas resgatadas.
De barco, voluntários entregam água e alimentos a pessoas que ficaram ilhadas em casa
Amanda Ribeiro com o fardo de água mineral e moradora recebendo marmitex no telhado (foto: Instagram de Amanda Ribeiro Divulgação)
 
 

Abastecimento de água comprometido

 
Mesmo com o grande volume de água no Rio Doce e nas ruas dos bairros ribeirinhos, a água não chega às torneiras dos moradores em vários pontos da cidade. A prefeitura informou que a cheia do Rio Doce afetou o bombeamento e o tratamento de água.
 
Assim, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Central está operando com redução média de 20% de sua capacidade e, segundo a prefeitura, há aumento da turbidez e dificuldade de captação devido ao fato de algumas bombas estarem submersas.
 
“A orientação do SAAE é que a população economize água para que não falte nos reservatórios domésticos e comerciais, especialmente nas áreas atingidas pela enchente. A sua colaboração é muito importante!”, pediu a prefeitura em postagem nas redes sociais.
 
Na ETA da Vila Isa, bairro localizado na margem direita do Rio Doce, onde historicamente não há enchente, as águas do rio não causaram alagamentos, mas afetaram o bombeamento da água que seria tratada e distribuída. O abastecimento das casas da Vila Isa e de todos os bairros da região da Ibituruna foi suspenso de forma temporária.
 
“Eu estou economizando água ao máximo e estou usando apenas para cozinhar, lavar as mãos e tomar um banho rápido. Só tenho a água da caixa e não sei até quando vai durar”, disse a dona de casa Elza Gonçalves, de 81 anos.

Em outros bairros, como o Grã-Duquesa, do outro lado da cidade e muito longe do Rio Doce, as reclamações sobre a falta d’água também são grandes e congestionaram o número 115, do SAAE, e o atendimento via WhatsApp pelo número (33) 98451.2184.
 


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