"Vamos receber a dose de reforço na primeira quinzena de janeiro. Quando vier a imunização para as crianças, estaremos na fila"
Carla Chagas Rodrigues Meireles, moradora de Sabará e mãe de duas filhas
A esperança está mais viva do que nunca: enraizada nos corações, florescendo nos pensamentos, pronta para gerar os frutos do futuro. E alimentar o presente. Neste primeiro dia do Ano-Novo, os desejos universais convergem para o fim da pandemia, o avanço contínuo da ciência, a cura para o mal da ignorância e a paz entre os homens, com empenho maior dos de boa vontade. Em todo esse caminho, a esperança em dias melhores precisa triunfar – é no que acreditam piamente tanto os cientistas como profissionais de outras áreas e demais residentes na capital e cidades do interior de Minas.
Na manhã de ontem, na casa da família no Centro Histórico de Sabará, Dalton, mecânico, e Carla, servidora municipal, contaram que a terceira dose da vacina contra o coronavírus está próxima. “Vamos receber a dose de reforço na primeira quinzena de janeiro. Quando vier a imunização para as crianças, estaremos na fila”, garantiu Carla. Certos de que convivem com as “joias”, que são as filhas, e a outra “preciosa centenária, a vovó Augusta”, Dalton e Carla mantêm a confiança em Deus e querem crer na solidariedade humana para vencer obstáculos. “Estar mais próximo dos outros só nos faz bem”, assegura Dalton.
Vitória
Já em Pará de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas, o momento é de grande alegria para a cuidadora de idosos Zilda Evangelista da Silva, que completará 64 anos em 13 de janeiro. “Jamais perdemos a fé e a esperança na cura, na ciência, pois são elas que nos movem”, diz o filho único de Zilda, Samuel Evangelista Ramos Vieira, de 37, que trabalha na Santa Casa BH e reside em Contagem, na RMBH."É ou não é para ter esperança? Minha mãe entra em 2022 com saúde e confiança. Voltou a trabalhar e está 'doidinha' para dançar forró"
Samuel Ramos, de Pará de Minas
Diagnosticada com câncer aos 40, Zilda viveu todo o calvário provocado pela doença até a retirada, em 2013, de útero, ovário e trompas. Na sequência, soube que o abdômen apresentava metástase. "Em 2015, minha mãe começou a usar a bolsa de colostomia, com a qual nunca se acostumou, e recebeu do médico a notícia de que teria apenas dois anos de vida”.
Confiante em Deus e na intercessão do Padre Libério (sacerdote mineiro, que viveu de 1884 a 1980 e se encontra em processo de beatificação), Zilda teve a boa notícia, em 2017, de que os tumores haviam reduzido. Melhor ainda em outubro último, ao saber que não precisaria mais usar a bolsa de colostomia. “É ou não é para ter esperança? Minha mãe entra em 2022 com saúde e confiança. Voltou a trabalhar e está ‘doidinha’ para dançar forró, que ela adora”, revela Samuel.