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Estado de Minas LOCOMOÇÃO

Com apps em baixa, frota de táxis de BH tem aumento de 30%, diz sindicato

Com a demora nas corridas e até desistências de alguns motoristas de aplicativos, taxistas de Belo Horizonte começaram a observar aumento no fluxo de clientes


21/10/2021 12:28 - atualizado 21/10/2021 13:26

Táxi parado próximo a ponto de ônibus em Belo Horizonte
Sindicato dos Taxistas de Minas afirma aumento na demanda de táxis (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Seja por cancelamento ou demora no pedido, solicitar um transporte por meio dos aplicativos, já bastante populares, tem se tornado cada dia mais difícil e moradores de várias cidades mineiras têm relatado problemas ao solicitar um veículo. A alternativa, então, tem sido recorrer aos táxis, o que acabou provocando o aumento da frota deste serviço no estado.

A assessoria do Sindicato dos Taxistas de Minas Gerais, (SINCAVIR/MG) confirma que em Belo Horizonte houve um aumento de cerca de 30% na demanda no número de corridas por meio de táxis, a partir de julho deste ano.

O TXS2 passageiros, aplicativo disponibilizado para a solicitação e agendamento de corridas, foi remodelado e também tem recebido regularmente uma busca maior no seu sistema.

O aplicativo permite descontos de até 30% nas corridas, o que, segundo o sindicato, acaba se tornando uma vantagem para os usuários. 

Segundo o SINVAVIR, até mesmo algumas permissões de táxi que estavam na reserva (estavam paralisadas por um ano), foram reativadas nos últimos meses, muito em função da queda na oferta das corridas por aplicativos.

Clauber Borges, Diretor Presidente da Cooperativa Coopertáxi, afirmou que houve um aumento de mais de 60% na demanda dos táxis da empresa e que há solicitações praticamente 24 horas por dia. 

Clauber acredita que graças ao avanço da vacinação e a redução nos casos de COVID-19, a economia está caminhando a uma normalização e, consequentemente, a uma maior movimentação na cidade, o que está ajudando cada vez mais na procura por táxis.

"O movimento em si da cidade, os comércios, as escolas. O trânsito em si tem piorado bastante nos horários de movimento. E também, o que não deixa de ser um fator, é justamente os motoristas de aplicativos. Eles cobravam um valor que não estava mais suprindo as despesas dele. Alguns tinham até carros alugados, e ainda têm o alto custo do combustível. Então o faturamento deles caiu bastante", relata Glauber.

A cooperativa ainda afirma que almeja aumentar a frota de táxis. Segundo Clauber, eles possuem 800 carros e pretendem chegar a 1.000, justamente em função da elevação da demanda.

Em contato com a Ligue Táxi BH, a empresa também afirmou que o número de pessoas que têm optado pela locomoção por táxis e a busca para entrar nas cooperativas têm aumentado. Entretanto, não souberam informar qual o percentual deste aumento. 

BHTrans  confima que desde o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, até 30 de setembro de 2021, apenas 138 permissões de taxistas foram extintas nesse período.

COMBUSTÍVEL

A alta no valor do combustível, principalmente a gasolina, se tornou um grande problema para os motoristas de aplicativo e  acabou elevando também os preços das corridas. Para alguns taxistas, entretanto, isso não é um problema tão grave, já que utilizam o Gás Natural Veicular (GNV). 

Clauber Borges, da Cooperativa Coopertáxi, confirma que os motoristas estão cada vez mais propensos a instalar o GNV nos veículos, o que já sendo utilizado por 40% de seus motoristas.

Ele informa que a Gasmig está incentivando cada vez mais a utilização do gás e que, através de uma parceria, a Companhia de Gás propôs uma oferta para a instalação do GNV, que reduz em até cerca de 50% no valor.

A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) decidiu congelar a tarifa sem impostos do Gás Natural Veicular (GNV) até o início de 2022 e busca com essa iniciativa incentivar que os motoristas utilizem esse combustível, que pode levar na economia de até 50% para quem abastecer. 

Apesar de o GNV ser uma alternativa interessante, o SINCAVIR-MG afirma que, por enquanto, ainda não é a maioria dos taxistas que o utilizam. O motivo é a regulamentação anual necessária para a utilização do gás, na qual a BHTrans exige que todo ano o taxista obtenha o certificado do Inmetro.


* Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira


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