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Estado de Minas 'A CASA CAIU'

Polícia descobre esquema para laudos toxicológicos em renovação de CNH

Ao todo, quatro foram presos e cerca de 30 pessoas que contrataram o serviço ilegal serão indiciadas


03/09/2021 17:08 - atualizado 03/09/2021 17:26

O delegado regional Helton Cota conta que, durante as buscas, foram apreendidos diversos materiais, como aparelhos telefônicos e computadores
O delegado regional Helton Cota conta que, durante as buscas, foram apreendidos diversos materiais, como aparelhos telefônicos e computadores (foto: Polícia Civil/Divulgação)
A Polícia Civil descobriu e desmontou um esquema criminoso em Minas Gerais para falsificar laudos toxicológicos, utilizados em renovação de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH's) . Ao todo, quatro pessoas foram presas e carca de 30 pessoas que contrataram o serviço ilegal serão indiciadas.
 
Batizada de Loki, a operação ocorreu nessa quinta-feira (2/9) com o cumprimento, além das prisões, de nove mandados de busca e apreensão nas seguintes cidades da Região Central do estado mineiro: Itabira, Belo Horizonte, Barão de Cocais, Contagem, Pedro Leopoldo e Ouro Preto. 

O principal alvo do esquema criminoso seria um casal, de 50 e 56 anos, residente em Barão de Cocais, cidade principal onde os suspeitos atuavam. Segundo a polícia, eles eram responsáveis por captar pessoas interessadas em falsificar esses laudos toxicológicos, com o objetivo de renovar CNH’s nas categorias C, D e E ou até mesmo obter empregos.
 
Além do casal, um homem, de 40 anos, residente em Ouro Preto, seria o responsável por falsificar endereços, com o objetivo de simular o domicílio dos interessados na falsificação dos laudos, como se morassem em Barão de Cocais.
 
“Elas davam entrada na Ciretran (Circunscrições Regionais de Trânsito) de Barão de Cocais para, assim, conseguir esses laudos toxicológicos falsificados”, explica o delegado regional Helton Cota.
 
Já o quarto envolvido, de 45 anos, trabalhava em um laboratório, sediado em Belo Horizonte, e era o responsável por obter os laudos toxicológicos. 
 
“Aquela pessoa solicitante, no caso, o contratante, que pagava cerca de R$ 2 mil pelo serviço, ele não comparecia ao laboratório, não recolhia o pelo. Pois, o procedimento normal é este: ele fornece o pelo e o laboratório submete esse material ao exame. E isso não era feito”, afirma. 
 

Indiciamento

 
Segundo Helton Cota, cerca de 30 pessoas que teriam contratado esse serviço serão indiciadas por falsidade ideológica, com pena de um a cinco anos de prisão. Além disso, os laudos delas serão invalidados e elas poderão ter a CNH cassada.
 
Ainda de acordo com o delegado, foram apreendidos diversos materiais durante as buscas, como aparelhos telefônicos e computadores. 
 
“O inquérito policial está repleto de provas. Nós vamos concluí-lo nos próximos dez dias, vamos indiciar essas pessoas por associação criminosa e pelo crime de falsidade ideológica”, afirma.
 
As investigações podem levar a outros tipos de crime e, por isso, eventuais inquéritos policiais poderão ser instaurados para apurá-los.
 
Participaram da operação os policiais civis de Itabira, Belo Horizonte (1º Departamento), Corregedoria da Polícia Civil e Regional de Ouro Preto.


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