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Estado de Minas PROIBIÇÃO

Festa da padroeira de Caeté não teve queima de fogos pela 1ª vez

Lei que proíbe fogos sonoros vale para festas e comemorações, em respeito aos animais e pessoas sensíveis a barulhos, como autistas


18/08/2021 14:13 - atualizado 19/08/2021 14:56

A festa da padroeira não teve fogos esta ano em Caeté
A festa da padroeira não teve fogos esta ano em Caeté (foto: Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso/Divulgação)
A tradicional festa de Nossa Senhora do Bom Sucesso, padroeira de Caeté, celebrada no domingo passado (15/8), aconteceu, pela primeira vez, sem o barulho dos fogos que marcam a alvorada do dia santo .

Os padres Edmar Pereira e Nilson Moreira Santana e a Comissão Organizadora do evento agiram em respeito à lei municipal que estabelece a " proibição de manuseio, utilização e soltura de fogos de artifício, pirotécnicos que causarem poluição sonora com estampidos."
De autoria da vereadora Sílvia Oliveira (PDT), a Lei 3.300 foi sancionada pelo prefeito Lucas Coelho (Avante) em junho. Em todos os anos, a abertura das celebrações em homenagem a santa tinha início às 5h, na alvorada, com barulhentas exibições pirotécnicas.

"Uma situação desesperadora para muita gente que tem animais, principalmente cachorros, bichos com verdadeiro pavor dos fogos", explica o jornalista Kleber Santos.
 
Segundo a autora do projeto de lei, a proibição foi resultado de um trabalho conjunto "em respeito e responsabilidade no cuidado com o próximo". Era um reivindicação também de familiares de pessoas portadoras de autismo.
 
Pouco antes de sancionada, em junho, um grave acontecimento sensibilizou os moradores e foi crucial para conquistar o apoio de grande parte dos políticos locais.

Por causa da explosão de fogos durante a festa de um santo, uma cadela isolada em um cômodo de uma casa, assustada, conseguiu fugir e atacou uma outra que estava em outra parte do imóvel e matou seus filhotes. 
 
A 0ng Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza (SGPAN) há 13 anos vinha revindicando o fim dos fogos com barulho, alertando para a violência e agressão que eles representavam para muitas pessoas e animais e defendendo o uso de fogos coloridos, sem efeitos sonoros.
 
"Pela primeira vez, praticamente não houve foguetes com estouro na festa. Vivemos um dia festivo de paz e respeito a todos os seres. Gratidão a todos que se juntam a nós por uma cultura de respeito às leis e de paz, amor, respeito, empatia, compreensão e compaixão por todos os seres, principalmente os mais frágeis", comemorou Patrícia Dutra, membro do colegiado do SGPAN.


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