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Estado de Minas BATALHA VENCIDA

Gêmeos vencem a COVID-19 após ficar intubados por dias em hospital de BH

Irmãos de 31 anos ficaram internados no Hospital Eduardo de Menezes simultaneamente. Nesta quinta-feira (12/8), eles foram vacinados contra a COVID-19


12/08/2021 18:17 - atualizado 12/08/2021 19:07

Gêmeos ficaram intubados em julho, mas se salvaram da COVID-19(foto: Fhemig/Divulgação)
Gêmeos ficaram intubados em julho, mas se salvaram da COVID-19 (foto: Fhemig/Divulgação)
 
O fim de um tormento que durou longos dias no CTI foi simbolizado com uma faixa do lado de fora do Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte. “Deus abençoe todos vocês”, dizia a mensagem de gratidão profunda a médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem. Os personagens em questão são os gêmeos Bruno e Breno, de 31 anos, que se salvaram milagrosamente da COVID-19.

Na saga de vitória contra uma doença silenciosa e impactante, a alta médica dos irmãos se tornou mais emblemática que uma medalha de ouro em Olimpíada. E é muito mais que isso. É o início de uma nova vida.
 
Jovens, saudáveis, sem comorbidades e praticantes de atividades físicas, os irmãos foram pegos de surpresa pelo mistério que existe em torno da doença.

“Nascemos juntos e renascemos para a vida juntos também”, conta Bruno, ao Estado de Minas. Engana-se quem pensa que a COVID-19 não ataca pessoas sadias ou com a tenra idade dos 20 e 30 anos. Com os irmãos, o susto veio de uma hora para a outra. 

Bruno relata os períodos de angústia ao saber que o irmão não estava bem de saúde: “Foi bem difícil. Sempre fomos muito unidos e nos preocupávamos muito um com o outro. Na verdade, eu me preocupava mais com o estado em que o Breno estava do que comigo mesmo. Mas tivemos um cuidado muito especial de todos que estiveram no hospital, e isso fez total diferença em nossa recuperação”.

Eles trabalham como corretores de imóveis. Bruno recebeu alta médica em 22 de julho, e Breno deixou o hospital sete dias depois. Ambos se vacinaram contra a COVID-19 nesta quinta-feira (12/8), em Belo Horizonte.  

“Em todo momento em que estivemos internados, passamos a dar valor às coisas mais simples. Ficar totalmente debilitado, sem ver família, sem poder dar um abraço... É muito difícil ficar afastado das pessoas que gostamios. Reencontrar a minha mãe foi inexplicável”, diz Bruno.

Para Breno Henrique Santos, que permaneceu 11 dias no CTI da unidade, reencontrar o irmão no quarto, depois de momentos de incertezas e medos, foi indescritível.

“Foi uma surpresa, ao chegar no quarto, saber que eu o dividiria com meu irmão", relata.

Inicialmente, Bruno acreditava que, se fosse contaminado, as consequências seriam brandas. “Nunca esperávamos por isso. Sempre fomos saudáveis e ativos e nunca imaginava que a doença poderia agravar tanto. Acreditava que, se eu pegasse, não agravaria em nada. Mas infelizmente não foi assim que ocorreu. Passamos por muita dificuldade de respirar e vimos que não é brincadeira. É preciso redobrar os cuidados, o vírus é bem agressivo”.

De acordo com o gerente do CTI do Eduardo de Menezes, Aguinaldo Bicalho Júnior, os irmãos foram tratados pela equipe multidisciplinar, que conta, entre outros profissionais, com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas.

“Felizmente, os dois evoluíram com melhora durante a internação. Conseguimos extubá-los após cinco dias, sendo que o Bruno teve alta do CTI e, algum tempo depois, da enfermaria, dias antes do Breno”, conta o médico.

Fisioterapia 

 
Mesmo depois da alta médica, os gêmeos continuam sob tratamento. Eles vêm se submetendo à fisioterapia respiratória, já que os pulmões ficaram bem comprometidos com os dias no hospital.

Mas ambos já podem retornar à rotina de antes.

“O que nos resta agora é agradecer a Deus, a todos que cuidaram da gente. Tenho certeza que vamos seguir em frente tentando sempre melhorar nas nossas vidas. Temos de aproveitar essa nova chance”, afirma Bruno.


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