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Estado de Minas ZONA DA MATA

PM suspeito de matar prima para receber seguro de R$ 23 milhões é indiciado

Manicure foi executada a tiros em Muriaé, em junho deste ano; suspeito também responderá por fraude processual, corrupção ativa e tentativa de estelionato


08/08/2021 11:54 - atualizado 08/08/2021 12:37

O inquérito foi concluído pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nessa sexta-feira (6/8)(foto: Polícia Civil/Divulgação)
O inquérito foi concluído pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nessa sexta-feira (6/8) (foto: Polícia Civil/Divulgação)
O policial militar, de 35 anos, suspeito de executar a tiros a prima, de 34, em Muriaé, na Zona da Mata, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por homicídio duplamente qualificado, conforme aponta o encerramento do inquérito. A identidade do policial não foi informada.

 A manicure Nayara Andrade Rocha foi assassinada em seu local de trabalho – um salão de beleza – no dia 1º de junho deste ano. Na ocasião, o autor desembarcou de um veículo sem placas, furtou o celular dela e, em seguida, atirou cinco vezes contra a vítima. Os disparos atingiram as pernas e o tórax. Ela foi levada para o Hospital São Paulo, no município, mas teve a morte confirmada em 3 de junho.
 
“Iniciadas as investigações, elementos foram apurados sobre a autoria delitiva de um policial militar, que, motivado pelo recebimento dos prêmios dos seguros de vida, ceifou a vida da sua própria prima”, aponta a polícia em inquérito encerrado nessa sexta-feira (6/8).
 

Fraude nas apólices de seguro

 
Ainda conforme a Polícia Civil, o suspeito – para requerer os pagamentos das apólices – havia se passado pela vítima no momento da contratação dos seguros. Ele também teria assumido o lugar da mãe de Nayara, suposta beneficiária.
 
A Polícia Civil, quando efetuou a prisão do suspeito em junho, informou que o valor segurado estava estimado em mais de R$ 15 milhões.
 
“As diligências avançaram, e nós identificamos mais apólices feitas em nome da vítima e chegamos ao valor de R$ 23 milhões”, explica Glaydson de Souza Ferreira, um dos delegados responsáveis pelo caso, em conversa com o Estado de Minas.
 
A Polícia Civil também disse que há indícios de oferecimento de vantagem indevida por parte do investigado para “frear” as investigações.
 
Por fim, as diligências também apontaram que o policial militar comprou o veículo utilizado no crime em Belo Horizonte e o trouxe para Muriaé. Após o homicídio, o carro foi encontrado em Viçosa – cidade na qual o suspeito havia deixado uma motocicleta para retornar a Muriaé após executar a prima.
 

Crimes

 
Além do crime de homicídio, o PM também foi indiciado por fraude processual, corrupção ativa e tentativa de estelionato. Ele segue detido na unidade prisional de um batalhão da Polícia Militar, em Ubá, também na Zona da Mata.
 
No dia 17 de junho, os investigadores já haviam prendido outro suspeito de envolvimento no crime, de 39 anos. Ele foi localizado em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. À reportagem, o delegado Glaydson de Souza confirmou que ele foi solto. O motivo, porém, não foi esclarecido.
 
Segundo a Polícia Civil, o inquérito foi enviado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para o oferecimento da denúncia.
 
 


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