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Estado de Minas MAUS-TRATOS

Preso casal que aparece torturando cachorro em vídeo

Caso ocorreu em Onça de Pitangui. Oeste de Minas, e imagens de cão com galinha morta e explosivo amarrados ao corpo geraram revolta


28/05/2021 07:28 - atualizado 28/05/2021 17:02

Materiais apreendidos pela PM na residência do casal nessa quinta (27/5)(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Materiais apreendidos pela PM na residência do casal nessa quinta (27/5) (foto: Polícia Militar/Divulgação)
Uma mulher de 37 anos e um homem de 48 foram presos na noite dessa quinta-feira (27/5) em Onça de Pitangui, no Oeste de Minas Gerais, após serem identificados como o casal que aparece torturando um cachorro em um vídeo que se espalhou pelas redes sociais. O animal, de seis meses, desapareceu após ser abandonado em uma estrada. 

No vídeo, a mulher aparece rindo e chamando a atenção do cachorro, que tem uma galinha presa ao corpo com fita adesiva. Ela sacode o animal e dá um tapa nele. Em seguida, o homem acende uma bombinha que estava na galinha e eles soltam o cachorro, que grita assustado após a explosão. Além do casal, pelo menos outras duas pessoas são vistas no vídeo. 

Após a divulgação das imagens, moradores da cidade acionaram a Polícia Militar (PM). Segundo a corporação, o casal admitiu os maus-tratos ao cão e disseram ter cometido o crime como “castigo” após ele ter atacado e comido algumas aves que eles criam. 

Homem acende explosivo preso a galinha e cão enquanto a mulher segura o animal:
Homem acende explosivo preso a galinha e cão enquanto a mulher segura o animal: "castigo" (foto: Reprodução da internet/Instagram)
Conforme a PM, eles disseram que a galinha já estava morta quando foi presa ao cachorro e gravaram o vídeo com o celular de um deles. Depois disso, eles colocaram o animal de estimação no carro e o soltaram em uma estrada perto de uma fazenda a 3 quilômetros do povoado.

Ainda segundo a polícia, o casal disse que o cachorro é novo e que, por isso, não deve ter conseguido encontrar o caminho de volta para casa. 

Na casa foram apreendidas as roupas usadas no vídeo e o celular usado na gravação. Foram apreendidas cinco combas de tamanho médio, facilmente encontradas no comércio, além de uma espingarda de pressão e 22 munições calibre 28.



O homem e a mulher foram levados à Delegacia de Polícia Civil de Pará de Minas. A PM fez buscas pelo cachorro no entorno do povoado para resgatá-lo e proporcionar atendimento veterinário, mas até a manhã desta sexta (28/5) ele não havia sido visto. A polícia de Onça de Pitangui pede ajuda da população para localizá-lo. Quem tiver informações, pode ligar para o 190.

Confira na íntegra a nota enviada pela Polícia Civil:

"Em relação aos vídeos, que circulam nas redes sociais, onde um animal é vítima de maus tratos, na cidade de Onça do Pitangui, região Centro-Oeste do estado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que na noite dessa quinta-feira (27/5), o casal suspeito de agredir o animal foi conduzido pela Polícia Militar à Delegacia de Polícia Civil em Pará de Minas para prestar esclarecimentos, ocasião em que o homem, de 45 anos, foi preso em flagrante por porte ilegal de munição e encaminhado ao sistema prisional, onde se encontra a disposição da Justiça.  A PCMG esclarece, por fim, que o casal não teve a prisão ratificada pelo crime de maus tratos em razão da ausência de flagrante, já que o crime ocorreu na última terça-feira (25/5). Contudo, todos os esforços estão sendo empreendidos para localização do animal e conclusão do inquérito policial com o respectivo indiciamento dos envolvidos."

Lei Sansão


Em setembro do ano passado, foi sancionada a Lei Federal nº 14.064/2020, que amentou a punição para maus-tratos a cães e gatos. A pena varia de dois a cinco anos de prisão, multa e perda da guarda do animal.

A regra, que alterou a Lei de Crimes Ambientais, foi apelidada de “Lei Sansão”, em referência ao pitbull que foi amarrado com um arame farpado e teve as patas traseiras decepadas com um facão em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O agressor foi identificado e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e deve ser julgado pela Justiça comum. 



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