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Estado de Minas FRAUDE EM MINAS

Empresas usavam cartões de crédito/débito para fraudar Auxílio Emergencial

Sessenta policiais federais realizaram mandados de busca e apreensão em nove municípios da Grande-BH e dois no interior do estado


11/05/2021 12:29 - atualizado 11/05/2021 21:21

Delegados da PF fizeram coletiva para explicar resultados da operação contra fraudadores do auxílio emergencial(foto: Leandrou Couri/EM/D.A Press)
Delegados da PF fizeram coletiva para explicar resultados da operação contra fraudadores do auxílio emergencial (foto: Leandrou Couri/EM/D.A Press)
A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (11/05) mais uma operação de combate a fraudes no pagamento de auxílio emergencial em Minas. A “Subitis Auxilium 2.1” cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e 39 bloqueios de contas bancárias de empresa investigadas. E ainda 13 mandados judiciais restritivos, que impedem que as empresas suspeitas recebam valores provenientes do benefício no pagamento de taxas, boletos ou compra de produtos. Empresas de vários portes e seus funcionários são investigados por suspeita de "descarregar" em suas máquinas de cartões de crédito ou débito valores indevidos do auxílio emergencial. 
 
A operação ocorreu em nove cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e duas do interior: Ituiutaba (Triângulo Mineiro) e Nova Serrana (Centro-Oeste). Um empresário foi preso, em Sabará, por porte ilegal de arma, mas a prisão não foi motivada pela operação. A operação foi a de número 78 em todo o território nacional. Até o momento, são 44 presos, 346 mandados de busca e apreensão cumpridos, 47 mandados de bloqueio e sequestro de bens, no valor de R$ 500 mil. Os bens apreendidos ultrapassam R$ 1 milhão. Os suspeitos responderão, entre outros crimes, por estelionato, fraudes e organização criminosa.
 
Segundo o delegado da superintendência regional em Minas, Adriano Freitas, a ação foi motivada após a informação de que a Caixa Econômica Federal (CEF) descobriu vários benefícios indevidos em contras bloqueadas para saque que tinham seus valores subtraídos por meio de pagamentos de contas ou produtos em cartões de débito ou crédito ou utilizando QR Code do aplicativo Caixa Tem. O processo interno na CEF partiu de reclamações de pessoas que tinham direito ao benefício, mas não o receberam, porque terceiros utilizaram os valores, ou de pessoas que tiveram a conta bloqueada após o depósito indevido, mas, mesmo assim, tiveram o dinheiro retirado.
 
“Por meio do cruzamento desses dados, foi possível identificar beneficiários de valores oriundos de contas contestadas por fraude junto à Caixa e que foram utilizados para efetuar diversas compras em estabelecimentos comerciais, por intermédio de máquinas de cartão de crédito/débito e compras virtuais, com indícios de conivência por parte de seus responsáveis legais e/ou funcionários”, afirmou o delegado Adriano Freitas.
 
Segundo a Polícia Federal, o que chamou a atenção foram cartões descarregados em horários foram do expediente das empresas ou em grande volume, em poucos minutos, com o desconto de vários cartões. Em duas empresas já foi possível apurar o débito indevido de R$ 50 mil em cada uma, de acordo com o delegado.
 
O coordenador-geral da Polícia Fazendária da PF, delegado Cléo Mazzotti, disse que a investigações começaram após a s primeiras fraudes no início do pagamento do auxílio, que era de R$ 600. "Mas são organizações que ja atuavam em outras fraudes bancárias e financeiras". 
 
O delegado pediu às pessoas que receberam ou se receberem o auxílio sem ter se cadastrado ou sem direito a ele, que procurem a Caixa, para ressarcimento dos valores, evitando assim ser investigadas. Cléo Mazzotti disse que, desde o ano passado, quando começou o pagamento do auxílio emergencial, para amenizar os impactos da pandemia à população mais vulnerável, foram abertos instalados 931 inquéritos em todo o país, com comprovação de autoria e materialidade de 93%.


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