A entrevista coletiva anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) para esta quinta-feira (6/5), às 10h30, pode ser o indício de uma evolução nas medidas de flexibilização em relação ao comércio não essencial. Bares e restaurantes, que ficaram fechados em boa parte do mês de março e voltaram a funcionar no fim de abril, vivem a expectativa de abrir as portas aos domingos e até 22h nos dias de semana.
Desde 22 de abril, bares e restaurantes podem funcionar de segunda-feira a sábado, das 11h às 16h, com consumo de bebida alcoólica. Aos domingos, o comércio fica fechado.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG) apresentou protocolo ao município para que o horário de funcionamento dos estabelecimentos fosse ampliado.
A entidade alega que os empresários do setor tiveram enorme prejuízo desde o ano passado e precisam amenizar a crise econômica.
A entidade alega que os empresários do setor tiveram enorme prejuízo desde o ano passado e precisam amenizar a crise econômica.
Nesse sentido, o Dia das mães é visto como data estratégica para que donos de bares e restaurantes possam aumentar o lucro.
A Abrasel foi atendida no pedido feito à prefeitura para que a coletiva de Kalil fosse no período da manhã. O motivo? No caso de extensão do horário de abertura dos estabelecimentos, os empresários do setor teriam mais tempo para prepar os estoques de bebida e alimentação.
O presidente da entidade, Matheus Daniel, afirma que limitar os horários de bares e restaurntes é incentivar as pessoas a se aglomerarem em locais que não cumprirão qualquer medida sanitária, o que aumenta os índices de contaminação pela COVID-19.
“Aos domingos, com os restaurantes fechados, as pessoas estão se encontrando em casas, sítios e outros lugares, o que aumenta o RT, que já apresentava crescimento desde o dia da liberação do comércio, mas agora está em queda”.
Fiscalização
O empresário não ignora a existência de estabelecimentos que descumprem as regras. Para esses, porém, afirma que devem ser efetivadas as reais punições.
“A primeira visita dos fiscais, como manda a lei, deve ser de orientação, mas a reincidência deve gerar multa e interdição do estabelecimento. É muito importante que todos façam a sua parte no cumprimento do protocolo, pois só assim teremos sucesso na retomada.”
A Abrasel fez apelo para que a fiscalização atue junto à população no cumprimento das normas sanitárias, atuando em festas clandestinas e em aglomerações nas portas dos estabelecimentos depois do fechamento habitual.