Jornal Estado de Minas

COLAPSO

Cidades do Centro-Oeste criam alas de estabilização para manter assistência

Municípios da Região Centro-Oeste de Minas Gerais estão implantando leitos de estabilização para assegurar a assistência a pacientes com quadro clínico compatível com a COVID-19. Divinópolis, Oliveira e Bom Despacho atingiram 100% de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).





 

Bom Despacho é referência para outros seis municípios: Moema, Luz, Serra da Saudade, Dores do Indaiá, Martinho Campos e Estrela do Indaiá.

Até o início da tarde desta segunda-feira (15/3), três pacientes estavam nos leitos de estabilização, que contam com ventilador artificial, aguardando vaga de UTI. As 16 existentes no hospital da cidade estavam todas ocupadas.

 

Quando não há vagas para internação, o município cadastra o paciente na Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). "Essas transferências ficam sob responsabilidade do Estado”, informou a assessoria de comunicação da prefeitura.

O local para o qual ele será levado é condicionado a disponibilidade de vagas, seja na mesma região ou em outra dentro do estado.

 

A cidade conta 30 leitos de enfermaria – 22 deles estão ocupados.





 

Cidade-polo

 

Em Divinópolis a situação não é diferente. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) conseguiu macas emprestadas para espalhar pelo hospital de campanha que funciona com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Elas serão utilizadas para receber os pacientes até que vagas surjam para transferência. 

 

A unidade recebe pacientes dos 53 municípios da macrorregional, com população estimada em 1,2 milhão de habitantes.

Recentemente, também houve transferência do Alto Paranaíba. Mesmo operando no limite, não há como negar atendimento.

“A UPA é um serviço de porta aberta, caso precise de internação, a regulação do Estado fará a transferência do paciente”, informou.



 

O hospital que chegou a registrar 100% de ocupação na semana passada, nesta segunda-feira (15/3) estava com 24 dos 25 leitos de UTI Adulto ocupados, 96%.

Dos oito leitos de enfermaria infantil, três estão com pacientes (37,5%). Na enfermaria adulto há 12 leitos disponibilizados, dos quais 11 seguem ocupados (92%).

 

No Complexo de Saúde São João de Deus, a situação também é preocupante. Os leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI-COVID) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão com 100% de ocupação. O CTI Infantil do SUS tem 40%. Já os de enfermaria do SUS têm 69%. 

 

Oliveira

 

Oliveira também está apostando nos leitos de estabilização para evitar a desassistência. O município tem 10 vagas de UTI, dos quais nove estão ocupados.

Também possui 20 leitos de enfermaria, com 19 preenchidos. Na sexta-feira (12/3) da semana passada, o único hospital da cidade, São Judas Tadeu, chegou a atingir 100% de ocupação hospitalar, incluindo os leitos da saúde suplementar.





 

Mesmo quase sem vagas, o hospital segue recebendo pacientes. Uma sala de estabilização foi instalada no pronto atendimento.

“Cada cidade está criando alas em seus hospitais até estabilizar o paciente e surgir a vaga em alguma cidade referência”, explicou a secretaria.

A transferência, quando necessária, é feita pela central de regulação do estado. Até o momento, nenhum paciente da cidade foi transferido.

 

Centro-Oeste

 

A Macrorregião Oeste está com 135 leitos de UTIs para tratamento contra a COVID-19 ocupados, ou seja 91,2%. Os dados foram fornecidos nesta segunda pela Secretaria Regional de Saúde (SRS) e são referentes à sexta-feira (12/03).

Já os leitos de enfermaria tinham 92,4% de ocupação, com 219 espaços lotados. Em número gerais, 91,8% dos leitos COVID estavam ocupados.

 

A SRS informou que, durante a pandemia, os leitos na macrorregião aumentaram 132,1%, saltando de 109 em fevereiro do ano passado para 253 até hoje.





A SRS informou que as transferências de pacientes são acompanhadas pelo Sistema Estadual de Regulação Assistencial do Estado, que de forma ininterrupta atende às solicitações de vagas e avaliam as condições clínicas dos pacientes por meio do Sistema SUS Fácil.

 

“As 13 Centrais Macrorregionais de Regulação Assistencial do Estado  têm como um dos objetivos garantir a alternativa assistencial adequada frente às solicitações de utilização de leitos para procedimentos eletivos e de urgência/emergência aos usuários dos municípios pertencentes a uma determinada área de abrangência”, explicou.

 

Quando não há oferta dentro da microrregião, que seria o local mais próximo de onde reside, o paciente pode ser transferido para outra dentro da Macrorregião Oeste.

Caso a macro não tenha a oferta do serviço, a Central de Regulação pode acionar outras regiões do estado à procura de vagas.





 

*Amanda Quintiliano e Ricardo Welbert especial para o EM

 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
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Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.



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Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

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Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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