Jornal Estado de Minas

COVID-19

Itabira, Santa Bárbara e Barão de Cocais têm 100% de ocupação de leitos

A microrregião de saúde de Itabira atende outros 13 municípios no que se refere a hospitais de média e alta complexidade. É o caso de Barão de Cocais e Santa Bárbara. Ambas se encontram saturadas e sem condições de oferecer internação para novos casos da COVID-19 e dependem de vagas em hospitais de Itabira para atendimento de pacientes graves. 





Itabira, no momento, não tem mais vagas em Unidade de Tratamento Intensivo. Atualmente, a cidade tem 26 hospitalizados em UTI, sendo três pacientes já internados em outro município. Da rede SUS e convênio, 100% dos leitos de UTI já estão ocupados e 75% da enfermaria sendo usados.  
 
Santa Bárbara, que integra essa microrregião, também está em estado crítico, com 100% de ocupação dos leitos destinados à COVID-19. Segundo informações da direção da Santa Casa Nossa Senhora das Mercês, único hospital da cidade, a instituição já ultrapassou a capacidade de atendimento, os 10 leitos de isolamento respiratório estão ocupados e três pessoas seguem internadas em sala improvisada no pronto-atendimento aguardando vaga. 
 
O hospital conta com quatro respiradores, sendo dois equipamentos destinados ao atendimento da COVID-19. Santa Bárbara não tem UTI e pacientes graves tem que ser encaminhados para Itabira, que também segue com saturação de ocupação.  

Barão de Cocais também conta com 10 leitos no Hospital Municipal Waldemar das Dores e todos estão ocupados, sendo um paciente necessitando de respirador. Onze pessoas estão na fila de espera por uma vaga de transferência.
 
O prefeito de Barão de Cocais, Décio dos Santos, ressalta a gravidade da situação e explica a necessidade de adesão à onda roxa que restringiu o funcionamento do comércio não essencial. “Não é fácil, a gente anda na rua e tem comerciante se indispondo com a gente. Eu entendo a situação de todos, os comerciantes pequenos sofrem com a crise, mas no momento não dá para negociar vidas. Se chegar um paciente grave hoje em Barão de Cocais, vai morrer. Talvez a gente não consiga transferência. Isso é muito grave."




 
Décio pede que a população tenha consciência. “Estamos enfrentando o pior momento da pandemia por isso reforço as medidas de prevenção. A situação é desafiadora e os sacrifícios são enormes. Reforçamos a importância de respeitar as medidas de prevenção para não sobrecarregar o sistema de saúde”, diz o prefeito de Barão. 
 

Onda roxa valerá por 15 dias

 
Para tentar conter o aumento das taxas de transmissão do novo coronavírus, Itabira, Santa Bárbara e Barão de Cocais aderiram à onda roxa do Programa Minas Consciente, do governo do estado. Essa fase valerá por 15 dias e restringe o funcionamento do comércio não essencial e tenta diminuir a circulação das pessoas nas ruas com medidas como o toque de recolher entre 20h e 5h, proíbe a circulação de pessoas com sintomas de gripe e sem o uso da máscara e implanta barreiras sanitárias.
 
Além disso, fica proibido a venda de bebidas alcoólicas em todos os estabelecimentos e eventos públicos ou privados presenciais, inclusive, envolvendo pessoas da mesma família que não moram juntas. 




 
Missas e cultos religiosos estão suspensos de forma presencial. Os comércios não essenciais poderão manter as vendas por meio de aplicativos e telefone, com serviços de entrega por delivery ou retirada no balcão. O transporte coletivo funcionará com lotação máxima de 50% da capacidade. 
 
Em Santa Bárbara, para acesso aos supermercados haverá averiguação de CPF. Final par terá que comprar em dias pares, final ímpar, comprará nos dias ímpares. Será permitida apenas uma pessoa por família.  
 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.



Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.



Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 

 



audima