O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, nesta quarta-feira (3/3), que não há mais profissionais de saúde disponíveis para a contração no Brasil para trabalhar na linha de frente contra a COVID-19. A fala foi durante anúncio de medidas mais restritivas para as regiões do Triângulo Norte e do Noroeste de Minas Gerais.
“Mas agora nós chegamos em um ponto no Brasil que não há mais médicos. Inclusive, já fizemos chamamento, mas não há mais profissionais de saúde”, afirmou o governador.
Zema completou que não será possível uma eventual ampliação de leitos em razão da escassez de profissionais. "Chegamos num ponto em que não há mais médicos disponíveis para atender qualquer ampliação de UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo). E quem trabalha na saúde está em momento de exaustão, já que estamos há um ano com esses profissionais trabalhando em sobrecarga”, explicou.
Nesta quarta-feira, o governo do estado anunciou a criação da onda roxa do programa Minas Consciente, que endurece as medidas de combate ao novo coronavírus. Cerca de 80 cidades nas regiões Noroeste e Triângulo Norte aderiram ao protocolo.
Para tentar controlar a COVID-19, o governo de Minas Gerais anunciou, nesta quarta-feira (03/03), a "onda roxa" - novo estágio do Minas Consciente. Cerca de 80 municípios mineiros já se enquadram nessa categoria.
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Segue o fio para entender a situação das cidades mineiras: pic.twitter.com/i5f6RTCqGx
Durante o anúncio, o governador mostrou preocupação com o sistema de saúde do estado: “Temos visto que em algumas regiões, caso a curva permaneça, teremos colapso no sistema de saúde. E não podemos perder o controle. Deixar ocorrer em Minas o que vimos com tristeza em outros locais. Tudo o que podia ser feito foi feito”.
Nesta quarta-feira, Minas registrou 6.565 infectados e 227 óbitos nas últimas 24 horas, conforme o último balanço da Secretaria de Estado de Saúde. O número de óbitos foi o segundo maior desde o início da pandemia, perdendo apenas para o dia 10 de fevereiro (243). O estado continua com percentual abaixo de 80% em ocupação das UTIs.
Entenda a onda roxa:
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira