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Estado de Minas PANDEMIA

A COVID-19 é uma 'doença incontrolável', diz prefeito de Montes Claros

Humberto Souto, chefe do executivo de Montes Claros, afirma que a cidade vive um momento 'insustentável' com o agravamento da pandemia


03/03/2021 21:00 - atualizado 03/03/2021 22:03

Ala COVID da Santa Casa de Montes Claros está superlotada(foto: Hudson Brazil/divulgação)
Ala COVID da Santa Casa de Montes Claros está superlotada (foto: Hudson Brazil/divulgação)

O prefeito de Montes Claros (Norte de Minas), Humberto Souto (Cidadania), afirmou nesta quarta-feira (3/2) que a COVID-19 é uma doença “incontrolável” e que a cidade vive um “momento insustentável” diante do agravamento da pandemia.

Ele também alertou sobre o “risco de morrer” enfrentado pela população. Na terça-feira (2/3), os leitos para pacientes infectados pelo novo coronavírus nos cinco hospitais da cidade conveniados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) atingiram 100% de ocupação.
 

Diante da ocupação máxima dos hospitais, o Comitê de Enfrentamento da COVID-19 se reuniu e sugeriu ao Executivo Municipal medidas mais restritivas para frear o avanço da doença na cidade, que já havia iniciado o toque de recolher em 25 de fevereiro.


Acatando as recomendações do comitê, ainda na noite de terça-feira o prefeito assinou um novo decreto, que entrou em vigor nesta quarta, com medidas mais restritivas. Ele vai vigorar até 22 de março.

Uma delas é a proibição da venda de bebidas alcoólicas. 


Agravamento da pandemia

 

Em entrevista à Inter TV Grande Minas (afiliada da Rede Globo), no início da tarde desta quarta-feira, Humberto Souto alertou a população sobre a gravidade da pandemia.

Também falou do “esforço” feito pela prefeitura para ampliar a quantidade de leitos hospitalares para pacientes com COVID-19.

 

“Infelizmente, essa doença é incontrolável e chegou até nós. Estava previsto isso. Hoje, o momento é insustentável. Não temos vagas em leitos para (de) UTI (Tratamento de Tratamento Intensivo). E a população, correndo o risco de morrer por falta de assistência médica”, afirmou o prefeito de Montes Claros (413,4 mil habitantes), cidade polo do Norte de Minas.

 

O chefe do executivo disse que desde o início da pandemia, a prefeitura teve preocupação em manter leitos hospitalares para pacientes contaminados pelo coronavirus.

Ele salientou que durante todo o ano de 2020, o município contou com uma “situação razoável” em torno das vagas nos hospitais locais para o recebimento dos casos da COVID-19.

  

No entanto, o quadro se agravou nos últimos dias.

O prefeito assegurou que, além de tentar acordo com instituições conveniadas pelo SUS, a prefeitura faz tratativas com hospitais particulares para que eles possam “vender” (disponibilizar mediante pagamento) leitos em suas unidades para o atendimento exclusivo de pessoas com a COVID-19.

Humberto Souto informou que conseguiu a ampliação de 12 leitos do Hospital Universitário Clemente de Faria para pacientes do coronavirus.

Destacou que também tenta entendimento com o Hospital Aroldo Tourinho e com o Hospital das Clinicas Mário Ribeiro, com o mesmo objetivo.

 

Ele cobrou do governo estadual o credenciamento de mais leitos. “O Estado tem que assumir isso. Ele recebeu muito dinheiro (do Governo Federal) para isso”, assegurou Humberto Souto.

 

“O que tentamos fazer é dar uma parada, evitar a transmissão para que, a partir daí, a gente possa ter uma folga no processo da da assistência à saúde da população”, relatou o prefeito.

 

Medidas restritivas

 

Com o decreto que entrou em vigor nesta quarta, além da proibição do comércio de bebidas alcoólicas, a Prefeitura de Montes Claros decidiu limitar o horário do funcionamento dos bares e restaurantes das 6h às 18h.

 

O funcionamento dos estabelecimentos aos sábados e domingos também está proibido.

Desde quinta-feira (25/2) foi adotado o toque de recolher no município, inicialmente com a proibição da circulação de pessoas e veículos nas vias públicas entre 22h30 e 5h. Com o novo decreto, o período foi ampliado, valendo agora das 20h30 às 5h.

 

Os supermercados poderão ficar abertos entre 6h e 19h. Até 22 de março, também está suspenso o funcionamento de academias e não poderão ser realizados cultos e outras manifestações religiosas com a presença de público.

 

A COVID-19 em Montes Claros

 

Às 21h40 desta quarta, a Prefeitura de Montes Claros divulgou novo boletim diário. A cidade chegou a 19.526 casos de coronavirus confirmados e 306 mortes provocadas pela doença.

Nas últimas 24 horas foram registrados 222 novos casos e seis óbitos causados pela COVID-19.


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