Jornal Estado de Minas

PORTARIA

Kalil libera música ao vivo em bares e restaurantes de BH

Bares e restaurantes de Belo Horizonte podem retomar as apresentações de música ao vivo a partir desta quinta-feira (18/2). A autorização consta na portaria N° 0060/2021, publicada nesta quarta-feira (17/2) no Diário Oficial do Município (DOM).





Os estabelecimentos, contudo, não têm permissão para oferecer espaço para dança, nem devem deixar que o público fique de pé, para evitar aglomerações.  

A norma também fixa protocolos para a performance dos músicos. As casas ficam obrigadas a instalar barreiras físicas de vidro ou acrílico para separar os artistas dos clientes. 

Os cantores, instrumentistas e técnicos também estão proibidos de circular em meio à plateia e precisam usar máscaras sempre que for possível. Por exemplo: nos intervalos entre as apresentações.

Confira as regras fixadas:

  • Bares e restaurantes não podem oferecer espaço para dança, nem permitir que o público fique de pé
  • A exibição de eventos esportivos e outras atividades de entretenimento com potencial de aglomeração estão vedadas
  • Músicos devem ficar separados do público por barreiras físicas  de vidro, acrílico ou material equivalente
  • Artistas não podem compartilhar microfones, equipamentos ou instrumentos sem prévia higienização
  • Cantores e instrumentistas não podem circular em meio à platéia
  • Eles também devem usar máscara em todos os momentos em que for possível
  • Estabelecimentos precisam orientar o público quanto às medidas de segurança para a prevenção da COVID-19 antes e depois de cada apresentação

O que diz o setor

A liberação é sinal de otimismo para o setor. Paulo César Pedrosa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindibares), acredita que este é um avanço que sinaliza outros que ainda devem acontecer.





“Notícia melhor do que essa não teve. A gente sempre procurou o diálogo e equilíbrio. A tendência agora é melhorar. Se os indicadores diminuírem mais, é questão de tempo. Tenho certeza que devagarzinho nós vamos voltando ao normal”, disse.

Pedrosa disse que já recebeu ligação de empresários que questionam a proibição de dança nos estabelecimentos, o que prejudica ainda as casas de shows.

“Essa coisa da dança acho que vai ser o próximo passo. Eu explico pra eles (empresários) que é preciso ter um pouco de paciência. Não podemos desafiar a ciência. Eu fui vítima de COVID-19, fiquei 14 dias internados, sei que o negócio não é fácil, mas logo tudo se ajeita”, relembra Pedrosa.

“O que importa é que a notícia foi muito boa. Já é um alento e nos proporciona um crescimento de aproximadamente 20% nas nossas vendas. Essa é a expectativa nossa”, prevê.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) também recebe com bons olhos a liberação. No entanto, o presidente da entidade em Minas, Matheus Daniel, diz que “já podia ter sido liberado antes”.





“Não tem porquê essa proibição. Os bares não são fontes de contaminação”, afirmou. Ele inclusive aponta como erro o fechamento dos estabelecimentos durante o período de carnaval. “O bar fechado empurra as pessoas para a clandestinidade. As pessoas passam a se divertir em locais que não tem qualquer controle. Foi um erro muito grande”, comenta.

Bebidas alcoólicas

Desde o dia 6 de fevereiro, o consumo de bebidas alcoólicas está permitido em bares e restaurantes durante todo o período de funcionamento (entre 11h e 22h, de segunda-feira a domingo).

Para desestimular aglomerações, os bares e restaurantes tiveram restrições no período de Carnaval. Nos dias 12, 15, 16 e hoje, dia 17, esses estabelecimentos puderam funcionar das 11h às 15h para consumo no local, incluindo bebida alcoólica. Nos dias 12 (sábado) e 13 (domingo) ficaram fechados. A venda nas modalidades delivery e retirada no local puderam funcionar sem restrição de dia e horário.





Insatisfação e colaboração

Outra reclamação da Abrasel é com relação aos protocolos. “Algumas coisas não fazem sentido como o uso da máscara pelo artista e ainda a necessidade de anteparo de acrílico que custa R$ 1 mil. Precisa ser melhorado esse protocolo”, sugere.

Ainda assim, Matheus ressalta que a liberação é positiva e também é preciso de colaboração da população. “A gente vê como correta a liberação, é bem-vinda. Precisamos lembrar também que a gente precisa que o público chegue mais cedo nas casas, já que encerramos às 22h. É importante também que os frequentadores contribuam, cumprindo os protocolos, tudo vai dar certo”, conclui. 
 

O que é o coronavírus

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.



Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp



Como a COVID-19 é transmitida?


A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?



Como se prevenir?


A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê



Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.





 

Vídeo explica porque você deve aprender a tossir

Mitos e verdades sobre o vírus


Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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