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Estado de Minas

Sete parques de MG serão repassados à iniciativa privada até 2022

Unidades de conservação foram incluídas no Programa de Estruturação de Concessões de Parques Estaduais e deixarão de ser administradas pelo governo estadual


11/02/2021 20:01 - atualizado 11/02/2021 20:42

Parque estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte, na Zona da Mata, será um dos repassados aos concessionários (foto: Diego Marquioli/Divulgação)
Parque estadual do Ibitipoca, em Lima Duarte, na Zona da Mata, será um dos repassados aos concessionários (foto: Diego Marquioli/Divulgação)

Pelo menos sete unidades de conservação ambiental administradas pelo governo de Minas passarão no ano que vem a ser de responsabilidade da iniciativa privada. Elas foram incluídas no Programa de Estruturação de Concessões de Parques Estaduais, lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no fim do ano passado, que prevê análises sobre potencial turístico, interação com as comunidades envolvidas e investimentos em melhorias. 
 
Segundo o BNDES, a intenção é incentivar o turismo local no estado e também reduzir os custos gastos pelo governo do estado com a manutenção dos parques. A expectativa é de que, por meio de parceiros, os investimentos possam ser maiores nas estruturas. 
 
A previsão é que sejam revitalizados os parques estaduais Rio Doce, Itacolomi, Serra do Rola Moça, Ibitipoca, Rio Preto, Biri Biri e Pico do Itambé. Em todo o país, serão 26 unidades a serem concedidos à iniciativa privada. Atualmente, o país conta com 13 parques administrados por concessionários.

A fase de estudos de viabilidade técnica possuem prazo estimado de conclusão para junho deste ano, e deles sairão os modelos de negócios para cada um dos parques mineiros que seguirão para decisão do Estado de Minas Gerais. Os leilões e a definição dos concessionários têm previsão de ocorre no primeiro trimestre de 2022. A expectativa é de que a iniciativa possa ajudar o turismo local das cidades a terem nova arrecadação.

"Quando o concessionário faz uma série de investimentos no parque, melhorando a estrutura e criando novos atrativos, naturalmente vai ampliar o fluxo de visitantes. É uma diretriz do programa. Isso gera um impacto na economia local. Há uma tendência, fruto da própria pandemia, que é a valorização do turismo local. As pessoas deixam de ir para o exterior e olham um pouco para dentro de casa. Isso gera aumento de arrecadação para o município e para o estado", prevê Pedro Bruno Barros, Superintendente de Relacionamento e Governo do BNDES, em entrevista ao Estado de Minas.

No programa, o Instituto Semeia, parceiro no processo, financiará junto com outros parceiros privados um estudo setorial a ser desenvolvido com o BNDES. Ambos vão promover, ainda, a interlocução com potenciais investidores, como operadores de parques atuais, além de capacitar agentes públicos para a gestão futura dos contratos de concessão. 

Pedro entende que pode haver forte procura de empresas para investir no ramo do turismo: "Nossa ambição para o programa do BNDES é triplicar até 2022 o número de parques concedidos no Brasil. Vamos promover um excesso de oferta e é importante desenvolver desde agora o mercado de potenciais concessionários. Os candidatos naturais são aqueles que já atuam como concessionários de parques no Brasil. Além deles, temos empresas de turismo, entretenimento esporte e aventuras, grupos hoteleiros. Temos buscado falar com uma série de atores. Quando a gente trabalha com o programa, que já conta com 26 parques, desperta também o interesse de investidores internacionais".

Segundo o superintendente, a iniciativa do BNDES teve inspiração em modelos bem-sucedidos em todo o mundo: "O Brasil hoje tem cerca de 15 milhões de visitantes por ano em nossos parques naturais. O EUA, Canará, Nova Zelândia e Costa Rica são referências. Estamos atentos a estudar as experiências, ver o que tem de melhor, e trazê-las para o Brasil. Temos uma experiência bem sucedida aqui, que é o Parque Nacional do Iguaçu, uma concessão que já tem 20 anos e você tem toda experiência interessante para o turista, casada com a sustentabilidade. É possível associar agenda de preservação com fomento ao turismo".
 

Sustentabilidade 


Outro objetivo da parceria é conciliar desenvolvimento com sustentabilidade. "Somos privilegiados de contar com mais de 400 parques naturais. Somos considerados pelo Fórum Econômico Mundial como o segundo país do mundo em termos de atrativos naturais. A premissa básica é preservar essas áreas. O segundo pilar é o fomento ao turismo sustentável. A grande maioria dos parques não conta com estrutura adequada. Os estados e o governo federal estão numa situação complicada, porque faltam recursos para cuidar da estrutura desses parques. Quando trazemos um parceiro privado, esse contrato prevê que o parceiro faça uma série de investimentos, que começa pela melhoria da infraestrutura", destaca Pedro.


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