Jornal Estado de Minas

COVID-19

Conselhos se mobilizam para garantir vacinação de médicos e farmacêuticos

 
O Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG) quer garantir a vacina contra a COVID-19 para todos os 27 mil profissionais que atuam no estado. O motivo é que mesmo sendo da área da saúde e integrando o grupo prioritário, muitos não estão sendo vacinados conforme previsto. Em algumas cidades, profissionais que não estão na linha de frente receberam o imunizante enquanto os farmacêuticos esperam pela vacina.





O CRM/MG afirma que o farmacêutico é o profissional mais próximo da população, visto que eles têm contato direto através das drogarias, farmácias, unidades de saúde, hospitais, laboratórios, entre outros. Sendo assim, o órgão, desde dezembro do ano passado, tem encaminhado ofícios à Secretaria de Estado de Saúde Minas Gerais (SES-MG), à Associação Mineira de Municípios (AMM), ao Conselho de Secretarias de Saúde Municipais (Cosems) e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em busca da vacinação dos profissionais.
 

 
Além disso, o Conselho disponibilizou aos farmacêuticos um ofício e uma solicitação, onde o profissional deve preencher e entregá-los ao seu respectivo secretário de Saúde e nos Conselhos Municipais de Saúde.

Segundo a diretoria do CRF/MG, o número de doses recebidas pelo estado não foi proporcional à população do estado. Minas Gerais já recebeu 1.171.80 doses, mas, para a vacinação da primeira fase, seriam necessárias 4,2 milhões.





Para a presidente do conselho, Júnia Célia de Medeiros, a falta de vacinas foi resultado da má organização do Governo Federal.

"Sabemos das dificuldades e do despreparo do Governo Federal que não providenciou vacinas em quantidade suficientes para imunizar a população brasileira. Mas, nós, trabalhadores da Saúde, não podemos ficar reféns dessa logística inoperante. Trabalhamos na linha de frente ao combate do novo coronavírus. Por isso, desde dezembro, temos trabalhado na tentativa de vacinar todos os farmacêuticos mineiros”, disse.

Vacina para os médicos

Por outro lado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) também visa assegurar vacinas para mais de 500 mil médicos do país. Desde o início da pandemia, mais de 550 médicos morreram de COVID-19 e, por meio deste dado, estima-se que o índice de mortes dos médicos seja quase 10% maior do que a população geral brasileira. A reivindicação foi feita ao Ministério da Saúde.

"Com este pleito, o CFM chama a atenção para uma questão estruturante no enfrentamento da pandemia, cuja solução fortalecerá os esforços para oferecer diagnósticos e cuidados para todos os brasileiros", afirma o presidente Mauro Ribeiro, em mensagem ao ministro Eduardo Pazuello.





De acordo com o CFM, todos os médicos registrados nos conselhos de Medicina, independente do local de trabalho, atendem pacientes infectados com o novo coronavírus ou assintomáticos e isso reforça a importância de serem priorizados para receberem a vacina.

O conselho tem recebido diversas reclamações por parte dos médicos e das entidades médicas a respeito da dificuldade de acesso à vacina, mesmo com a inclusão desses profissionais entre os grupos prioritários pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).

Dentre os relatos dos médicos, está o caso em que autoridades municipais e estaduais priorizam apenas os profissionais que atuam em determinadas áreas onde há atendimento para pessoas com COVID-19. Ademais, com os brasileiros cada vez mais expostos ao vírus, os conselhos de Medicina defendem a inserção de todos os médicos na “fila da vacina”. 





A vacinação total dos médicos vai proporcionar uma maior preparação para os trabalhos que surgirem na linha de frente da COVID-19 e reduzirá as chances de contaminação desses profissionais, o que faz com que a equipe e o atendimento não sejam prejudicados. Alinda permite que os médicos estejam atendendo pacientes com outros tipos de doenças sem a existência do medo de contaminá-los.
 
"Ao minimizar a letalidade e o adoecimento dos médicos, de uma forma em geral, a vacinação desses profissionais fortalece o sistema de contenção do coronavírus, evitando a rotatividade e as licenças, o que contribui para manutenção dos serviços de saúde em sua totalidade, com a realização de consultas, exames e procedimentos para pacientes de todos os tipos de doenças", ressaltou o presidente do CFM.

* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.



Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 



Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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