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Estado de Minas ABASTECIMENTO

Copasa: cliente poderá fazer autodenúncia de irregularidade sem ser multado

Período para alertar a companhia sobre ligações clandestinas de água começa nesta quarta (02/02) e terá duração de 90 dias


02/02/2021 19:01 - atualizado 02/02/2021 20:00

Operação ocorreu na manhã desta terça-feira(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Operação ocorreu na manhã desta terça-feira (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
O consumidor da Copasa que possuir irregularidades no seu fornecimento de água – o famoso 'gato' – terá, a partir desta quarta-feira (03/02), 90 dias para fazer uma autodenúncia, sem sofrer as penalidades aplicáveis. 

A ação poderá ser feita por meio do site da Copasa. Quem fizer o alerta, que será sigiloso, escapa de uma multa que pode chegar a até 15 vezes uma fatura média do consumidor. 

A companhia anunciou a iniciativa nesta terça-feira (02/02), durante coletiva de empresa para apresentar os resultados da operação que mirou ligações irregulares de água em 40 imóveis do Bairro Vale das Acácias, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Estão programada outras 35 inspeções.

A operação deflagrada na manhã desta terça-feira (2/2) foi realizada em ação conjunta entre Ministério Público, pela Polícia Civil de Minas Gerais, com o apoio da Polícia Militar. A Copasa constatou o fornecimento de água bruta para a população por meio de sistema paralelo de distribuição. Uma indústria está sob análise de lançamento de esgoto irregular na rede da Copasa. 

No caso da subtração de água, a Copasa suspeita de que os desvios são praticados pela Associação de Proprietários de Água do Vale das Acácias (Aproágua).

A entidade proporcionaria aos donos de lotes e residências do bairro a opção de pagar uma taxa fixa, de baixo custo, pelo abastecimento livre. Com isso, as perdas financeiras registradas pela Copasa na localidade teriam chegado a 86%.

Ou seja: a cada 100 litros de água enviados, apenas 14 eram pagos. Os artifícios de captação ilegal impressionam pela sofisticação: de acordo com a Copasa, a Aproágua teria instalado uma adutora de 150 milímetros de diâmetro no subsolo.

A estrutura é capaz de desviar de 9 a 10 litros de água por segundo. Isso significa que, em apenas um minuto, a perda é de quase 600 litros de água. Segundo dirigentes da companhia, a prática contribui para agravar a falta de água em Ribeirão das Neves. O desabastecimento na cidade é frequente, motivando até mesmo protestos da população.

 "Essa investigação teve início a partir das paralisações recentes nas BRs organizadas por pessoas com abastecimento prejudicado. E não tinha por que isso acontecer, pois há muita água na região. A Copasa produz água suficiente para todos, mas o índice de perda é muito elevado. A Copasa então identificou que essa área é uma das principais que apresentam perda de água. E o motivo é a fraude, o furto de água. Isso prejudica o sistema de abastecimento como um todo", afirma José Cláudio Ramos, gerente metropolitano Oeste da Copasa.

"Identificamos aqui, hoje, que há muitas ligações clandestinas. Há operadores internos da rede fazendo uso de forma irregular, nós constatamos isso. Tem imóveis que fazem o uso de forma indiscriminada, até sítios de festas. E isso provoca uma alteração enorme no sistema de distribuição. Com isso, muitas pessoas ficam prejudicadas, motivo das manifestações recentes", complementou.

 O gestor estima que 57% de toda a água enviada a Ribeirão das Neves é desviada por gatos. O prejuízo financeiro desse tipo de crime à empresa em todo o estado chega a R$ 13,5 milhões mensais. 


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