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Estado de Minas PANDEMIA

Sul de Minas x Manaus: pesquisa mostra comparativo de casos de COVID-19

Estudo da Universidade Federal de Alfenas indica que Sul de Minas teve aumento de 126% nos casos, enquanto Manaus atingiu 125%; alerta é para colapso na saúde


20/01/2021 14:13 - atualizado 20/01/2021 18:16

Pesquisa compara índices da COVID-19 no Sul de Minas e em Manaus(foto: Unifal/divulgação)
Pesquisa compara índices da COVID-19 no Sul de Minas e em Manaus (foto: Unifal/divulgação)
A Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) realizou uma pesquisa de indicadores da COVID-19 no Sul de Minas. O estudo apontou que Alfenas foi a cidade mais atingida pela pandemia e que em Poços de Caldas houve maior número de mortes entre os doentes. Além disso, dados mostraram que a região apresentou crescimento de 126 % dos casos, sendo que a capital do Amazonas, Manaus – que na semana passada viveu um colapso na saúde –, atingiu 125%.

 

De acordo com a pesquisa, Alfenas tem oferecido mais risco de contágio e Poços de Caldas maior risco de morte para seus doentes. Varginha aparece como a melhor gestão da doença, com a menor letalidade e número de mortes por habitante.


O estudo comparou o andamento do surto no Sul de Minas e em Manaus. E chegou à conclusão de que o caos na cidade do Norte do país se deveu mais pelo relaxamento das regras de distanciamento social no fim do ano passado do que pela mutação do vírus descoberta no Amazonas.


“Desde o início de novembro, as curvas do Sul de Minas e de Manaus são muito semelhantes. Em 17 de janeiro, o Sul de Minas apresentou crescimento da média semanal de casos de 126 % e Manaus atingiu 125%. Pela semelhança das curvas, o crescimento da incidência é predominantemente reflexo das festividades de final de ano. O efeito da variante mutante sobre a incidência parece ainda não ter sido significativo”, diz trecho da pesquisa.

 

Dados apontam evolução da pandemia no Sul de Minas(foto: Unifal/divulgação)
Dados apontam evolução da pandemia no Sul de Minas (foto: Unifal/divulgação)
Segundo dados da Unifal, o Sul de Minas Gerais tem população de 2.812.944 habitantes, sendo 29% mais populoso que Manaus (2.182.763 habitantes).

Desde o início da pandemia, a região conta com média diária de 228 casos novos de COVID-19, enquanto Manaus apresenta 331. “O decréscimo de casos novos pode estar ameaçado se a nova variante começar a circular com força”, ressalta a pesquisa.

 

Estudiosos acreditam que em Manaus a imunidade populacional pode ter diminuído mais cedo por conta do contágio mais rápido da doença. “Isso, associado à duração da circulação sustentada do vírus, contribuiu para a explosão de casos e mortes, que também são fruto da falta de planejamento local e apoio federal. Situação essa que, felizmente, o Sul de Minas não apresenta”, informa.

Alerta para colapso hospitalar

Mas o estudo avaliou que pela sincronização de curvas epidêmicas na região e a maior densidade demográfica, o sul-mineiro se vulnerabiliza em relação a possível colapso hospitalar.

 “Manaus contabiliza 4,5% da população como casos confirmados, e o Sul de Minas 2,4%. O sul-mineiro e o estado têm maior proporção de indivíduos suscetíveis do que Manaus, disponibilizando maior população potencialmente sujeita à infecção”, diz.

 

Dados de boletins municipais divulgados até 18 de janeiro pelas regionais de saúde de Alfenas, Passos, Pouso Alegre e Varginha mostram que, em termos de média móvel de casos, houve, respectivamente, aumento de 164%, 140%, 91% e 124%.

Sob o mesmo critério, mas em mortes, o crescimento foi de, respectivamente, 67%, 50%, 100% e 30%.

 

“Atualmente, se o contágio não for fortemente freado, corremos o risco de estabilizarmos a curva epidêmica no novo platô com incidência diária (casos novos por dia) maior do que no platô anterior”, aponta estudiosos.

 

Considerando internações, o aumento da média móvel semanal foi de 110%, 105%, 32% e 26%, respectivamente, para as regionais de Alfenas, Passos, Pouso Alegre e Varginha.

“Todos esses indicadores estratégicos para a gestão imediata, portanto, estão em franca tendência de crescimento ao mesmo tempo e em todas as regionais de saúde do sul-mineiro”, afirma.

 

 


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